quinta-feira, 4 de julho de 2019

Ricardo Tomczyk (Unem): Os desafios do etanol de milho no Mato Grosso – e no Brasil

“Nosso palpite é que chegaremos em 2028 com uma produção de aproximadamente 8 bilhões de litros de etanol de milho. Isso poderia ser maior se a gente não tivesse gargalos”, Ricardo Tomczyk (Unem)

A expansão da produção de etanol de milho vem chamando atenção do

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Importações de gasolina da Petrobras no Brasil caem com demanda fraca

As importações de gasolina da petrolífera estatal brasileira Petroleo Brasileiro SA em novembro devem, em média, ser de 13 mil barris por dia contra 17 mil bpd em média durante o terceiro trimestre, disse uma fonte da companhia. Reuters na

Com mercado de gasolina fraco no Brasil, Petrobras reduz importação, diz fonte

O mercado de gasolina está relativamente fraco no Brasil, o que permite que a Petrobras reduza as importações do combustível apesar de estar contando com o funcionamento de apenas metade de sua maior refinaria, disse uma fonte da empresa com conhecimento do assunto à Reuters.

A importação de gasolina pela Petrobras perdeu um pouco de força no último trimestre do ano e deve encerrar o mês de novembro com um volume de aproximadamente

MME e ANP defendem revisão da subvenção ao óleo diesel

O ministro de Minas e Energia (MME), Moreira Franco, admitiu hoje (23) que acredita ter chegado a hora de se rever a política de subvenção ao óleo diesel, concedido em maio pelo governo federal em decorrência da greve dos caminhoneiros que paralisou o país. Em entrevista concedida após

Estados nordestinos incentivam produção de açúcar e etanol

A política de incentivos fiscais é o que garante a competitividade entre os estados quanto a produção de bens e serviços, porque é um fator significativo para que as indústrias escolham onde irão se instalar. No Brasil, na última semana, os estados da

Ações do Estado para fortalecer a cadeia do etanol são destacadas no Workshop de Combustíveis

As potencialidades da cadeia do etanol no Maranhão foram destacadas durante a realização do 1º Workshop de Combustíveis, realizado nesta sexta-feira (30), em São Luís. Durante o evento, o secretário de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), Simplício Araújo, que representou o

Etanol: hidratado cai 0,63% e anidro recua 1,97% nas usinas paulistas

No período de 19 a 23 de novembro, o etanol hidratado registrou queda, pelos índices do Cepea/Esalq, da USP, em São Paulo. Na última semana, o litro do biocombustível foi cotado em R$ 1,6330, baixa de 0,63% quando comparado aos preços praticados na semana de 12 a 16 de novembro (R$ 1,6434/litro). Esta foi a sexta semana de queda seguida nos preços do hidratado nas

Maior produção de etanol de milho pode baratear combustíveis, aponta debate

Uma audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) debateu os aspectos econômicos e ambientais da produção de etanol de milho no país. Os especialistas destacaram como vantagens do produto a geração de renda e a redução dos preços dos

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Preço do combustível está na média global”, diz Castello Branco

Indicado para presidir a Petrobras no governo de Jair Bolsonaro, o economista Roberto Castello Branco afirmou ontem (22) que o preço atual dos combustíveis no Brasil está na média praticada pelo mercado internacional. Ele desconversou, no entanto, se manterá a atual política de

Comissão vai debater etanol de milho no Centro-Oeste brasileiro

Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), em audiência pública marcada para a próxima terça-feira (27), vai analisar o relatório socioeconômico e ambiental da produção de etanol de milho na região Centro-Oeste. A reunião ocorrerá às 11h na sala 7 da

Grupo debate sobre os benefícios da redução do ICMS sobre o etanol

Representantes do setor apoiam a redução do ICMS como incentivo na produção do etanol

Representantes do setor de combustíveis se reuniram nessa quarta (21) a fim de discutir a tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do

Etanol recua em 16 Estados; preço médio cai 0,85% no País

Os preços do etanol hidratado recuaram nos postos de 16 Estados brasileiros na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros nove Estados e no Distrito Federal houve alta e no Amapá não foi feita avaliação.

Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve queda de 0,85% no preço do etanol na semana passada, para R$ 2,926. Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado baixou 1,22% sobre a semana anterior, de R$ 2,794 para R$ 2,760 o litro. No período de um mês os preços do combustível avançaram 0,51% nos postos paulistas.

Além de São Paulo, na comparação mensal os preços do etanol subiram em 11 Estados e no Distrito Federal e recuaram em 13 unidades da federação pesquisadas. No Amapá não houve avaliação. A maior alta mensal, de 3,04%, foi no Maranhão. Na média brasileira o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou alta de 0,41% na comparação mensal.

O Piauí registrou a maior baixa no preço do biocombustível na semana passada, de 1,99%, e o maior recuo mensal foi na Bahia, de 5,08%.

O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,339 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,799 o litro, no Rio Grande do Sul. São Paulo mantém o menor preço médio estadual, de R$ 2,760 o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos gaúchos, de R$ 4,073 o litro.

Gasolina

O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros recuou em 22 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo dados da ANP, compilados pelo AE-Taxas. Apenas no Amazonas, Ceará, Maranhão e Paraná houve alta.

Na média nacional, os preços caíram 0,94% entre as semanas, de R$ 4,658 para R$ 4,614. Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina baixou 1,68% na semana passada, de R$ 4,452 para R$ 4,377, em média. No Rio de Janeiro, o combustível caiu de R$ 5,056 para R$ 5,010, em média, ou 0,91%. Em Minas Gerais houve recuo no preço médio da gasolina de 0,77%, de R$ 4,906 para R$ 4,868 o litro.

Etanol X gasolina

Os preços médios do etanol têm vantagem econômica sobre os da gasolina em apenas seis Estados brasileiros - Paraíba, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso. O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.

Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 59,93% do preço da gasolina, em São Paulo por 63,06%, em Minas Gerais a 63,72% e em Goiás em 62,06%. No Paraná a paridade está em 67,53% e na Paraíba em 68,28%. O etanol perdeu a competitividade em Alagoas e no Rio de Janeiro na semana passada. Na média brasileira, a paridade é de 63,42% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível.

A gasolina é mais vantajosa em Roraima, com a paridade de 89,24% para o preço do etanol.

FONTE: Estadão 21/11/2018

Grupo de trabalho discutirá venda direta de etanol

Um grupo de trabalho vai discutir a venda direta do etanol pelas usinas aos postos de combustíveis. A decisão está em portaria do Ministério da Fazenda publicada na edição de hoje (21) do Diário Oficial da União.

O prazo para conclusão dos trabalhos é de 45 dias, contados da data da primeira reunião, podendo ser prorrogado, por consenso, em até 30 dias. O grupo será composto por dois representantes de cada uma das seguintes secretarias do Ministério da Fazenda: Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria; Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência; e Receita Federal do Brasil.

O Ministério da Fazenda lembra que atualmente a venda direta é vedada pela Resolução Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nº 43/2009. O artigo 6º dessa resolução estabelece que o produtor de etanol ou cooperativa somente pode vender o combustível a outro fornecedor (agente operador, empresa comercializadora, cooperativas de produtores ou outro produtor), ao mercado externo ou às distribuidoras.

Em agosto de 2018, a ANP realizou uma tomada pública de contribuições para discutir novas regras para a comercialização do etanol. “Neste contexto, o GT [grupo de trabalho] irá buscar o alinhamento da questão concorrencial e tributária para que uma eventual liberação da venda direta não promova distorções no mercado e/ou na tributação. Serão ouvidos os órgãos de governo relacionados ao tema e entidades representativas das empresas que atuam no setor”, diz o ministério, em nota.

FONTE: Agência Brasil 21/11/2018

Etanol: Recuo da gasolina A mantém etanol em queda

As cotações do etanol hidratado recuaram pela quinta semana consecutiva e, do anidro, pela quarta, de acordo com dados do Cepea. O movimento de queda tem sido influenciado pelas desvalorizações da gasolina A nas refinarias – os ajustes negativos do combustível fóssil ocorrem há praticamente dois meses e chegam a 28%. Entre 12 e 16 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,6434/litro, recuo de 1,82% em relação ao período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,8564/litro na semana passada, recuo de 2,2% frente ao anterior. As baixas foram observadas apesar da oferta mais estável nas usinas e do menor interesse das distribuidoras na semana passada.

FONTE: Notícias Agrícolas 20/11/2018

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Tabela do frete é ineficaz e aumenta custos e preços, diz BCG

Estudo da consultoria Boston Consulting Group aponta aumento de R$ 500 mil nas despesas com transporte em uma única empresa

A tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que fixa valores mínimos para o frete rodoviário e foi uma das exigências dos caminhoneiros para encerrar uma greve em maio, tem encarecido produtos e aumentado o custo das empresas.

A conclusão é de um relatório feito pela consultoria estratégica The Boston Consulting Group (BCG) com o título Implicações da Crise do Frete para o Setor Privado.

O texto aponta que a criação da tabela, que em tese preservaria a renda dos caminhoneiros, não corrige as origens do problema que levou à greve e ainda traz uma série de prejuízos para os negócios do país.

Na perspectiva do BCG, complementada por entrevistas com cinco grandes empresas, dentre elas transportadoras rodoviárias, ferroviárias, do setor da agroindústria e um grande exportador, a tabela é ineficaz e apresenta uma série de desafios para sua implantação.

“Somente para uma empresa entrevistada, a tabela do frete representou um custo adicional de 500 milhões de reais no ano. E isso afeta muito a sua competitividade. Além disso, o mecanismo não resolveu a causa raiz do problema, de excesso de capacidade de transporte rodoviário. No final das contas, é mais um elemento de complexidade na já ineficiente cadeia logística do país”, disse Thiago Cardoso, diretor do BCG e um dos autores do relatório.

Segundo Cardoso, o caminhoneiro autônomo pode até ganhar mais por uma única viagem, mas ele pode ficar mais tempo ocioso do que quando o valor do frete era regulado pelo mercado.

“Ele não tem acesso à demanda de transporte, é geralmente contratado por um operador logístico ou por um embarcador que, com a tabela do frete, está no processo de formar uma frota própria. Isso quer dizer que o autônomo não necessariamente irá ganhar mais com o preço tabelado”, explicou Cardoso.

Guilherme Bordin, diretor comercial da Ibor Transporte Rodoviário, de Juiz de Fora (MG), conta que os grandes operadores e até mesmo os donos da carga já começaram a adquirir caminhões para uma frota própria, e dessa forma mitigar o aumento dos custos com o frete tabelado.

“O que vemos é que o autônomo está perdendo um pouco o espaço nos grandes clientes. Isso porque os embarcadores estão preferindo contratar o transporte de empresas que operam com frota própria. O custo diminui muito”, afirma Bordin.

Ele explica que quando a empresa contrata o frete de transportadoras que operam com terceiros, ela paga além da tabela do frete, um percentual que configura como lucro da transportadora.

“O autônomo terá que se reinventar, talvez operar em alguns nichos de mercado, como transporte nas cidades, em distâncias menores. Assim, o custo não aumenta de forma substancial para o dono da carga e consequentemente para o produto”, diz o executivo.

A Ibor Transporte Rodoviário realiza 4 mil viagens mensais com uma frota de 370 caminhões, todos próprios.

Custo alto no agronegócio

Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a tabela do frete fere a livre concorrência e prejudica a indústria brasileira.

“A dependência do transporte rodoviário para a movimentação de produtos agropecuários é evidente. As más condições das rodovias e o tabelamento obrigatório de fretes rodoviários incorrem em altos custos de transportes e no aumento generalizado dos preços dos produtos”, informa o estudo “O futuro é o Agro”.

Uma das medidas que o estudo aponta como alternativa para melhorar o transporte da produção é, além de implementar programa de recuperação e melhoria das principais rotas de escoamento, manter princípios básicos de livre mercado, no novo marco regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), priorizando a livre negociação e vedando o tabelamento de fretes rodoviários.

Outro problema apontado pela CNA é a multa que é aplicada ao caminhoneiro autônomo e às empresas que não seguem a tabela da ANTT.

De acordo com a normativa da ANTT publicada no início de novembro, se o caminhoneiro não aplicar os preços da tabela ele pagará multa de 500 reais. No caso do embarcador, esse valor pode chegar até 10,5 mil reais.

A CNA protocolou na última terça-feira (13), no Supremo Tribunal Federal (STF), uma medida cautelar para pedir urgência no julgamento das ações sobre os preços mínimos do frete rodoviário e a suspensão das multas fixadas pela ANTT por eventual descumprimento da tabela.

A Confederação ajuizou em junho uma ação sobre o tema e aguarda a análise da Corte. O relator do caso é o ministro Luiz Fux.

Outro setor que viu os custos aumentarem com a tabela do frete foi o de calçados. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, afirma que o transporte representa de 3% a 4% do valor final do produto.

“A tabela padrão fere a lei de mercado. Os aumentos não são toleráveis e a alta nessas despesas pesa no faturamento das empresas”, diz Klein, acrescentando que a maior parte da produção de calçados no Brasil é escoada por caminhões. “Somos muito dependentes do transporte rodoviário no país.”

A indústria calçadista brasileira viu sua produção cair 3,6% de janeiro até setembro, segundo dados do Abicalçados. Nesse período o consumo também caiu 3%.

“Mesmo com essa queda, esperamos fechar com um faturamento semelhante ao do ano passado, 21 bilhões de reais”, afirma Klein.

FONTE: Exame 17/11/2018

Porto de Paranaguá já supera exportação anual de soja, farelo, trigo e óleo vegetal

Dois meses antes do fim do ano, o Porto de Paranaguá já bateu o recorde histórico anual de exportação de soja, farelo, trigo e óleo vegetal. Desde janeiro até outubro, o porto exportou 19,2 milhões de toneladas destes produtos. A quantidade é 13% maior que o alcançado em todo o ano passado, quando foram 17 milhões de toneladas.

O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lourenço Fregonese, atribui os resultados ao aumento da capacidade de escoamento pelo porto paranaense, aliado a produtividade do campo.

“Nos últimos anos investimos mais de R$ 940 milhões no repotenciamento e na modernização da estrutura física do Porto de Paranaguá. As ações incluíram a troca dos carregadores de navios por equipamentos maiores e com maior capacidade de escoamento de grãos, a construção de novos portões de acesso, instalação de novas balanças e correias transportadoras, além de mudanças no cais, que foi remodelado e dragado”, conta.

Outra preocupação foi desafogar as estradas e vias de acesso ao porto, acabando com as filas de caminhões e aumentando a segurança da comunidade. “Além do sistema Carga Online, que organizou a descarga no Pátio de Triagem, estamos investindo em obras importantes para os moradores, como a Recuperação da avenida Bento Rocha e o novo viaduto na entrada da cidade”, completa ele.

Farelo, trigo e óleos vegetais: A movimentação de farelo já é 7% maior que o registrado no ano anterior. Foram 4,8 milhões de toneladas exportadas em 2018, contra 4,5 milhões em 2017.

A exportação de trigo supera em 28% o acumulado do ano passado, com 216.787 toneladas entre janeiro e outubro de 2018.

Na movimentação de óleos vegetais o aumento foi de 9%, passando de 935.611 toneladas para pouco mais de 1 milhão de toneladas.

Outros produtos – Considerando todos os produtos, o Porto de Paranaguá já alcançou 86% da movimentação de 2017, que foi a maior da história do terminal paranaense. O acumulado em 2018 soma 44,4 milhões de toneladas, enquanto o ano passado registrou 51,5 milhões.

Para o diretor de operações da Appa, Luiz Teixeira, dois fatores devem ter impacto nos números deste ano: a greve dos caminhoneiros, em maio, e o grande volume de chuvas, principalmente em outubro.

“No período de greve deixaram de ser movimentadas 648 mil toneladas de produtos, incluindo líquidos, cargas gerais, grãos, fertilizantes e outros”, revela.

Em outubro, 16 dias de chuva paralisaram principalmente o carregamento de grãos e a descarga de fertilizantes. “O porto não carrega grãos e farelo com chuvas e nem descarrega fertilizantes. Não podemos ter risco do grão ficar úmido, pois fermenta e estraga. Acontece no mundo todo, é uma questão que foge do nosso controle”, explica.

FONTE: Portos e Marcados 13/11/2018

Decisão que flexibiliza acordo entre Brasil e Chile reduzirá burocracia e custos do frete marítimo, avalia CNI

Medida é um primeiro passo para a redução da reserva de carga. No entanto, somente a suspensão definitiva do acordo Brasil-Chile, marcada para 2020, resolverá o problema de custos e qualidade do serviço

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como positiva a decisão da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) de autorizar o embarque para automóveis e carga geral não conteinerizada por um período de um ano, e não mais para cada embarque. A resolução, que atende a pedido da Câmara de Comércio Exterior do governo federal (CAMEX), retira a exclusividade de navios com bandeiras brasileira e chilena, o que beneficiará 10% das cargas do comércio bilateral.

Para a CNI, a medida reduzirá a burocracia e custos, e melhorará a prestação do serviço para as empresas exportadoras. Atualmente, 26 empresas dependem da autorização especial (waiver) a cada embarque.

A decisão da Antaq, no entanto, não torna o tráfego bilateral livre de reserva de mercado. Somente a suspensão definitiva do acordo marítimo Brasil-Chile resolverá o problema dos custos e da qualidade de serviço nas operações entre os países. A medida anunciada na semana passada, porém, permite o aumento da competitividade no trecho e a atração de novas empresas para este mercado no período que antecede a data marcada para o fim do acordo Brasil-Chile, que é válido até janeiro de 2020.

No último dia 25 de julho, a CAMEX definiu que o acordo Brasil-Chile será encerrado em janeiro de 2020. Firmado há 42 anos, o acordo criou reserva de mercado no frete de contêineres e monopólio na rota entre os dois países. Apenas uma empresa de bandeira brasileira e outra de bandeira chilena podem operar na rota. Essa restrição causa prejuízo para mais de 5 mil empresas exportadoras e importadoras brasileiras.

Empresas que exportam para o Chile relatam que já verificaram melhorias nos serviços prestados e reduções no valor do frete, fatos que evidenciam os efeitos nocivos do duopólio e demonstram que o fim do acordo, em 2020, será benéfico para os exportadores.

FONTE: Sesi 14/11/2018

Base de cálculo do ICMS dos combustíveis aumenta

Maior aumento será no querosene de aviação, seguido de 8,7% no diesel e 7,4% no etanol

Sem alteração desde 1º de setembro, a pauta fiscal dos combustíveis volta a ter reajuste no dia 15 deste mês em Mato Grosso do Sul. De acordo com Ato Cotepe, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), publicado ontem no Diário Oficial da União, os preços médios de referência dos produtos no mercado estadual podem ter alta de até 10,74%.

A maior variação é para o querosene de aviação, que estava com o valor em R$ 3,2263 e será reajustado para R$ 3,5743. Em seguida, vem o óleo diesel, com novo preço médio de referência estabelecido em R$ 3,7906, alta de 8,73% em relação ao que está em vigor (R$ 3,4862). O diesel S-10 ficará 7,88% mais caro e a média salta de R$ 3,5989 para R$ 3,8826. Em relação ao etanol, o valor de referência sai de R$ 3,1464 para R$ 3,3812 (+7,46%).

O Ato Cotepe também prevê que o valor do litro da gasolina comum, a ser utilizado como referência no mercado estadual, deverá ficar 4,64% mais caro, passando de R$ 4,3182 para R$ 4,5197. Já a gasolina aditivada terá aumento de 2,19%, com preço médio aumentando de R$ 5,9055 para R$ 6,0355.

Para o Gás Natural Veicular (GNV), o aumento estimado é de 4,85%, com preço passando de R$ 2,6244 para R$ 2,7519 o litro. O gás liquefeito de petróleo, popularmente conhecido como gás de cozinha, é o único combustível da pauta fiscal a apresentar redução a partir da segunda quinzena de novembro: o valor de referência cairá de R$ 5,5845 para R$ 5,5766 o quilo, recuo de -0,13%.

ICMS do diesel

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou ontem, durante agenda pública em Campo Grande, que a redução de 17% para 12% na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel não tem prazo de validade e permanecerá por tempo indeterminado. Ele também fez balanço sobre o impacto da medida nos postos e defendeu que haja conversa do Procon e do Ministério Público com os estabelecimentos para avaliar como o aumento de consumo pode trazer redução ainda maior dos preços nas bombas.

“Temos ainda os postos de combustível na rodovia, realmente fizeram uma redução e aumentaram o consumo, o que foi positivo; em postos urbanos, foi menor a redução, por isso cabe ao Procon, Ministério Público, ter uma conversa com as empresas. Se aumenta consumo amplia a perda de ICMS, vendendo mais arrecada mais, nossa proposta (é) manter a redução, chegando na bomba e aumentando o consumo de diesel para o próximo ano”, afirmou.

Na semana passada, durante coletiva à imprensa sobre o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o secretário adjunto de Fazenda, Cloves Silva, havia destacado que após a implementação da lei, foi possível constatar “diminuição no preço do diesel nas bombas dos postos de combustíveis. Antes, o preço estava acima dos R$ 4 e hoje está abaixo disso”, comentou.

De acordo com informações do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), de janeiro a setembro deste ano houve aumento de 3,03% nas vendas de óleo diesel no Estado, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já em relação ao preço do combustível, o litro do diesel atualmente custa, em média, R$ 3,65 na Capital e R$ 3,75 no interior do Estado. No fim de maio e início de junho, o litro do diesel chegou a valer até R$ 4,15 em Campo Grande, com média de R$ 3,97 nos postos da cidade. A queda no preço médio é de 7,1%.

Ainda segundo o representante da Sefaz, “foi realmente detectado uma alta interna no consumo do diesel, mas que ainda não foi suficiente para recompor toda a receita que deixou de entrar com arrecadação (do ICMS)”. (Colaborou Aline Oliveira)

FONTE: Correio do Estado 13/11/2018

Produção de etanol de milho aumenta em MT com instalação de usinas perto de lavouras

Mato Grosso é o estado que mais produz o etanol de milho no país e a estimativa é que sejam produzidos 740 milhões de litros neste ano. O volume processado aumentou muito nos últimos anos. Em 2012, quando as usinas começaram a operar, eram produzidos 11 milhões de litros.

Quatro indústrias de biocombustível se instalaram no norte do estado nos últimos seis anos. A região Norte do estado está se transformando em um polo industrial do biocombustível, o que tem facilitado a venda do milho após a colheita.

Do total de milho produzido no estado, 5% são destinados à fabricação de etanol. Essa produção faz do estado o maior produtor nacional de biocombustível feito do cereal. O momento é do cultivo da soja, mas o que tem animado muitos produtores é o milho.

O agricultor Laércio Lenz, que tem uma propriedade em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, viu na fabricação do etanol de milho uma boa oportunidade de negócio. Ele vendeu mais de um milhão de toneladas do produto para uma usina.

O contrato é futuro: o milho vendido ainda vai demorar para ser plantado. "Hoje depois dessa queda do dólar, o milho abaixou de preço. Está em torno de R$ 19 em Sorriso, mas os níveis de comercialização futura foi na faixa de R$ 20, R$ 21, contou.

O cereal tem sido muito procurado para a fabricação de etanol. "A industrialização é um sonho de todo produtor aqui do norte do estado de Mato Grosso, em virtude da logística. A gente percebe as instalações de algumas usinas de etanol aqui. Em um raio de praticamente 150 quilômetros, vamos ter três usinas de grande porte aqui na nossa região. Isso é muito importante porque você com certeza abre mais mercado. Nós produtores vamos ter mais opção para vender o milho", avalia Laercio Lenz.

Parte do milho que sai das lavouras tem como destino as usinas. O cereal que geralmente é usado na alimentação humana e animal vira biocombustível.

Uma das usinas processa em média 18 mil toneladas do cereal por ano. O sócio-proprietário da empresa, Pedro de Moraes Filho, disse que o etanol é comercializado na região, por meio das distribuidoras de Sinop e Lucas do Rio Verde.

Para fazer o etanol, primeiro é feita a trituração do milho. Depois são adicionadas água e enzimas criando uma pasta, que é fervida nesses caldeirões. Por fim, o produto passa por processos de fermentação e destilação, separando o etanol de outros componentes.

O processo é bem mais demorado que o do etanol de cana de açúcar. "O etanol de milho precisa de 40 horas para ficar pronto, enquanto o etanol de cana precisa de 8 horas, disse o diretor executivo do Sindacool, Jorge dos Santos.

Outra indústria, a maior do estado, localizada em Lucas do Rio Verde, começou a operar há pouco mais de um ano.

Neste período, produziu 220 milhões de litros de etanol. No ano que vem, a produção deve dobrar já que a usina está em processo de ampliação.

"Com a duplicação, vamos para um 1,3 milhão e, com as novas fábricas, neste momento a gente tem contemplado a fábrica de Sorriso. Vamos adicionar mais 700 mil toneladas, então vai ser um total de 2 milhões de toneladas de milho por ano que vão ser transformadas em etanol", disse Rafael Abud, presidente da indústria.

O estado colheu na última safra mais de 27 milhões de toneladas do grão e 5% foram destinados para a produção do etanol. Quanto mais cresce a produção do biocombustível, mais os agricultores se sentem seguros na hora de vender a safra.

"Com toda a certeza, gera segurança, gera mais riqueza para toda a região e gera emprego também, porque emprego é riqueza também", afirmou.

FONTE: G1 11/11/2018

Venda de etanol atinge recorde na segunda quinzena de outubro

Crescimento se deve, mais uma vez, a manutenção da competitividade do biocombustível frente a gasolina

O volume de etanol hidratado comercializado no mercado interno pelas unidades do Centro-Sul somou 1,07 bilhão de litros na segunda quinzena de outubro, crescimento de 26,54% em relação ao mesmo período do ano anterior, de 849,48 milhões de litros. Esse volume representa um novo recorde de vendas do biocombustível no mercado doméstico em uma única quinzena.

No total do mês, as vendas de hidratado atingiram 2,02 bilhões de litros, registrando crescimento de 33,62% em relação ao volume observado em outubro de 2017, de 1,51 bilhão de litros.

Esse crescimento se deve, mais uma vez, a manutenção da competitividade do biocombustível frente a gasolina no mercado doméstico, a qual tem alavancado o aumento da participação do hidratado na demanda de combustíveis leves no país.

No caso do etanol anidro, o volume comercializado ao mercado doméstico na última metade de outubro atingiu 383,74 milhões de litros, montante inferior aos 443,80 milhões observados na mesma quinzena do último ano.

Em outubro, o volume de etanol vendido pelos produtores do Centro-Sul atingiu 2,89 bilhões de litros, sendo 154,11 milhões destinados ao mercado externo e 2,74 bilhões vendidos domesticamente.

FONTE: Canal Rural 14/11/2018