segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Preço do combustível está na média global”, diz Castello Branco

Indicado para presidir a Petrobras no governo de Jair Bolsonaro, o economista Roberto Castello Branco afirmou ontem (22) que o preço atual dos combustíveis no Brasil está na média praticada pelo mercado internacional. Ele desconversou, no entanto, se manterá a atual política de

Comissão vai debater etanol de milho no Centro-Oeste brasileiro

Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), em audiência pública marcada para a próxima terça-feira (27), vai analisar o relatório socioeconômico e ambiental da produção de etanol de milho na região Centro-Oeste. A reunião ocorrerá às 11h na sala 7 da

Grupo debate sobre os benefícios da redução do ICMS sobre o etanol

Representantes do setor apoiam a redução do ICMS como incentivo na produção do etanol

Representantes do setor de combustíveis se reuniram nessa quarta (21) a fim de discutir a tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do

Etanol recua em 16 Estados; preço médio cai 0,85% no País

Os preços do etanol hidratado recuaram nos postos de 16 Estados brasileiros na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros nove Estados e no Distrito Federal houve alta e no Amapá não foi feita avaliação.

Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve queda de 0,85% no preço do etanol na semana passada, para R$ 2,926. Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado baixou 1,22% sobre a semana anterior, de R$ 2,794 para R$ 2,760 o litro. No período de um mês os preços do combustível avançaram 0,51% nos postos paulistas.

Além de São Paulo, na comparação mensal os preços do etanol subiram em 11 Estados e no Distrito Federal e recuaram em 13 unidades da federação pesquisadas. No Amapá não houve avaliação. A maior alta mensal, de 3,04%, foi no Maranhão. Na média brasileira o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou alta de 0,41% na comparação mensal.

O Piauí registrou a maior baixa no preço do biocombustível na semana passada, de 1,99%, e o maior recuo mensal foi na Bahia, de 5,08%.

O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,339 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,799 o litro, no Rio Grande do Sul. São Paulo mantém o menor preço médio estadual, de R$ 2,760 o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos gaúchos, de R$ 4,073 o litro.

Gasolina

O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros recuou em 22 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo dados da ANP, compilados pelo AE-Taxas. Apenas no Amazonas, Ceará, Maranhão e Paraná houve alta.

Na média nacional, os preços caíram 0,94% entre as semanas, de R$ 4,658 para R$ 4,614. Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina baixou 1,68% na semana passada, de R$ 4,452 para R$ 4,377, em média. No Rio de Janeiro, o combustível caiu de R$ 5,056 para R$ 5,010, em média, ou 0,91%. Em Minas Gerais houve recuo no preço médio da gasolina de 0,77%, de R$ 4,906 para R$ 4,868 o litro.

Etanol X gasolina

Os preços médios do etanol têm vantagem econômica sobre os da gasolina em apenas seis Estados brasileiros - Paraíba, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso. O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.

Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 59,93% do preço da gasolina, em São Paulo por 63,06%, em Minas Gerais a 63,72% e em Goiás em 62,06%. No Paraná a paridade está em 67,53% e na Paraíba em 68,28%. O etanol perdeu a competitividade em Alagoas e no Rio de Janeiro na semana passada. Na média brasileira, a paridade é de 63,42% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível.

A gasolina é mais vantajosa em Roraima, com a paridade de 89,24% para o preço do etanol.

FONTE: Estadão 21/11/2018

Grupo de trabalho discutirá venda direta de etanol

Um grupo de trabalho vai discutir a venda direta do etanol pelas usinas aos postos de combustíveis. A decisão está em portaria do Ministério da Fazenda publicada na edição de hoje (21) do Diário Oficial da União.

O prazo para conclusão dos trabalhos é de 45 dias, contados da data da primeira reunião, podendo ser prorrogado, por consenso, em até 30 dias. O grupo será composto por dois representantes de cada uma das seguintes secretarias do Ministério da Fazenda: Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria; Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência; e Receita Federal do Brasil.

O Ministério da Fazenda lembra que atualmente a venda direta é vedada pela Resolução Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nº 43/2009. O artigo 6º dessa resolução estabelece que o produtor de etanol ou cooperativa somente pode vender o combustível a outro fornecedor (agente operador, empresa comercializadora, cooperativas de produtores ou outro produtor), ao mercado externo ou às distribuidoras.

Em agosto de 2018, a ANP realizou uma tomada pública de contribuições para discutir novas regras para a comercialização do etanol. “Neste contexto, o GT [grupo de trabalho] irá buscar o alinhamento da questão concorrencial e tributária para que uma eventual liberação da venda direta não promova distorções no mercado e/ou na tributação. Serão ouvidos os órgãos de governo relacionados ao tema e entidades representativas das empresas que atuam no setor”, diz o ministério, em nota.

FONTE: Agência Brasil 21/11/2018

Etanol: Recuo da gasolina A mantém etanol em queda

As cotações do etanol hidratado recuaram pela quinta semana consecutiva e, do anidro, pela quarta, de acordo com dados do Cepea. O movimento de queda tem sido influenciado pelas desvalorizações da gasolina A nas refinarias – os ajustes negativos do combustível fóssil ocorrem há praticamente dois meses e chegam a 28%. Entre 12 e 16 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,6434/litro, recuo de 1,82% em relação ao período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,8564/litro na semana passada, recuo de 2,2% frente ao anterior. As baixas foram observadas apesar da oferta mais estável nas usinas e do menor interesse das distribuidoras na semana passada.

FONTE: Notícias Agrícolas 20/11/2018

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Tabela do frete é ineficaz e aumenta custos e preços, diz BCG

Estudo da consultoria Boston Consulting Group aponta aumento de R$ 500 mil nas despesas com transporte em uma única empresa

A tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que fixa valores mínimos para o frete rodoviário e foi uma das exigências dos caminhoneiros para encerrar uma greve em maio, tem encarecido produtos e aumentado o custo das empresas.

A conclusão é de um relatório feito pela consultoria estratégica The Boston Consulting Group (BCG) com o título Implicações da Crise do Frete para o Setor Privado.

O texto aponta que a criação da tabela, que em tese preservaria a renda dos caminhoneiros, não corrige as origens do problema que levou à greve e ainda traz uma série de prejuízos para os negócios do país.

Na perspectiva do BCG, complementada por entrevistas com cinco grandes empresas, dentre elas transportadoras rodoviárias, ferroviárias, do setor da agroindústria e um grande exportador, a tabela é ineficaz e apresenta uma série de desafios para sua implantação.

“Somente para uma empresa entrevistada, a tabela do frete representou um custo adicional de 500 milhões de reais no ano. E isso afeta muito a sua competitividade. Além disso, o mecanismo não resolveu a causa raiz do problema, de excesso de capacidade de transporte rodoviário. No final das contas, é mais um elemento de complexidade na já ineficiente cadeia logística do país”, disse Thiago Cardoso, diretor do BCG e um dos autores do relatório.

Segundo Cardoso, o caminhoneiro autônomo pode até ganhar mais por uma única viagem, mas ele pode ficar mais tempo ocioso do que quando o valor do frete era regulado pelo mercado.

“Ele não tem acesso à demanda de transporte, é geralmente contratado por um operador logístico ou por um embarcador que, com a tabela do frete, está no processo de formar uma frota própria. Isso quer dizer que o autônomo não necessariamente irá ganhar mais com o preço tabelado”, explicou Cardoso.

Guilherme Bordin, diretor comercial da Ibor Transporte Rodoviário, de Juiz de Fora (MG), conta que os grandes operadores e até mesmo os donos da carga já começaram a adquirir caminhões para uma frota própria, e dessa forma mitigar o aumento dos custos com o frete tabelado.

“O que vemos é que o autônomo está perdendo um pouco o espaço nos grandes clientes. Isso porque os embarcadores estão preferindo contratar o transporte de empresas que operam com frota própria. O custo diminui muito”, afirma Bordin.

Ele explica que quando a empresa contrata o frete de transportadoras que operam com terceiros, ela paga além da tabela do frete, um percentual que configura como lucro da transportadora.

“O autônomo terá que se reinventar, talvez operar em alguns nichos de mercado, como transporte nas cidades, em distâncias menores. Assim, o custo não aumenta de forma substancial para o dono da carga e consequentemente para o produto”, diz o executivo.

A Ibor Transporte Rodoviário realiza 4 mil viagens mensais com uma frota de 370 caminhões, todos próprios.

Custo alto no agronegócio

Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a tabela do frete fere a livre concorrência e prejudica a indústria brasileira.

“A dependência do transporte rodoviário para a movimentação de produtos agropecuários é evidente. As más condições das rodovias e o tabelamento obrigatório de fretes rodoviários incorrem em altos custos de transportes e no aumento generalizado dos preços dos produtos”, informa o estudo “O futuro é o Agro”.

Uma das medidas que o estudo aponta como alternativa para melhorar o transporte da produção é, além de implementar programa de recuperação e melhoria das principais rotas de escoamento, manter princípios básicos de livre mercado, no novo marco regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), priorizando a livre negociação e vedando o tabelamento de fretes rodoviários.

Outro problema apontado pela CNA é a multa que é aplicada ao caminhoneiro autônomo e às empresas que não seguem a tabela da ANTT.

De acordo com a normativa da ANTT publicada no início de novembro, se o caminhoneiro não aplicar os preços da tabela ele pagará multa de 500 reais. No caso do embarcador, esse valor pode chegar até 10,5 mil reais.

A CNA protocolou na última terça-feira (13), no Supremo Tribunal Federal (STF), uma medida cautelar para pedir urgência no julgamento das ações sobre os preços mínimos do frete rodoviário e a suspensão das multas fixadas pela ANTT por eventual descumprimento da tabela.

A Confederação ajuizou em junho uma ação sobre o tema e aguarda a análise da Corte. O relator do caso é o ministro Luiz Fux.

Outro setor que viu os custos aumentarem com a tabela do frete foi o de calçados. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, afirma que o transporte representa de 3% a 4% do valor final do produto.

“A tabela padrão fere a lei de mercado. Os aumentos não são toleráveis e a alta nessas despesas pesa no faturamento das empresas”, diz Klein, acrescentando que a maior parte da produção de calçados no Brasil é escoada por caminhões. “Somos muito dependentes do transporte rodoviário no país.”

A indústria calçadista brasileira viu sua produção cair 3,6% de janeiro até setembro, segundo dados do Abicalçados. Nesse período o consumo também caiu 3%.

“Mesmo com essa queda, esperamos fechar com um faturamento semelhante ao do ano passado, 21 bilhões de reais”, afirma Klein.

FONTE: Exame 17/11/2018

Porto de Paranaguá já supera exportação anual de soja, farelo, trigo e óleo vegetal

Dois meses antes do fim do ano, o Porto de Paranaguá já bateu o recorde histórico anual de exportação de soja, farelo, trigo e óleo vegetal. Desde janeiro até outubro, o porto exportou 19,2 milhões de toneladas destes produtos. A quantidade é 13% maior que o alcançado em todo o ano passado, quando foram 17 milhões de toneladas.

O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lourenço Fregonese, atribui os resultados ao aumento da capacidade de escoamento pelo porto paranaense, aliado a produtividade do campo.

“Nos últimos anos investimos mais de R$ 940 milhões no repotenciamento e na modernização da estrutura física do Porto de Paranaguá. As ações incluíram a troca dos carregadores de navios por equipamentos maiores e com maior capacidade de escoamento de grãos, a construção de novos portões de acesso, instalação de novas balanças e correias transportadoras, além de mudanças no cais, que foi remodelado e dragado”, conta.

Outra preocupação foi desafogar as estradas e vias de acesso ao porto, acabando com as filas de caminhões e aumentando a segurança da comunidade. “Além do sistema Carga Online, que organizou a descarga no Pátio de Triagem, estamos investindo em obras importantes para os moradores, como a Recuperação da avenida Bento Rocha e o novo viaduto na entrada da cidade”, completa ele.

Farelo, trigo e óleos vegetais: A movimentação de farelo já é 7% maior que o registrado no ano anterior. Foram 4,8 milhões de toneladas exportadas em 2018, contra 4,5 milhões em 2017.

A exportação de trigo supera em 28% o acumulado do ano passado, com 216.787 toneladas entre janeiro e outubro de 2018.

Na movimentação de óleos vegetais o aumento foi de 9%, passando de 935.611 toneladas para pouco mais de 1 milhão de toneladas.

Outros produtos – Considerando todos os produtos, o Porto de Paranaguá já alcançou 86% da movimentação de 2017, que foi a maior da história do terminal paranaense. O acumulado em 2018 soma 44,4 milhões de toneladas, enquanto o ano passado registrou 51,5 milhões.

Para o diretor de operações da Appa, Luiz Teixeira, dois fatores devem ter impacto nos números deste ano: a greve dos caminhoneiros, em maio, e o grande volume de chuvas, principalmente em outubro.

“No período de greve deixaram de ser movimentadas 648 mil toneladas de produtos, incluindo líquidos, cargas gerais, grãos, fertilizantes e outros”, revela.

Em outubro, 16 dias de chuva paralisaram principalmente o carregamento de grãos e a descarga de fertilizantes. “O porto não carrega grãos e farelo com chuvas e nem descarrega fertilizantes. Não podemos ter risco do grão ficar úmido, pois fermenta e estraga. Acontece no mundo todo, é uma questão que foge do nosso controle”, explica.

FONTE: Portos e Marcados 13/11/2018

Decisão que flexibiliza acordo entre Brasil e Chile reduzirá burocracia e custos do frete marítimo, avalia CNI

Medida é um primeiro passo para a redução da reserva de carga. No entanto, somente a suspensão definitiva do acordo Brasil-Chile, marcada para 2020, resolverá o problema de custos e qualidade do serviço

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como positiva a decisão da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) de autorizar o embarque para automóveis e carga geral não conteinerizada por um período de um ano, e não mais para cada embarque. A resolução, que atende a pedido da Câmara de Comércio Exterior do governo federal (CAMEX), retira a exclusividade de navios com bandeiras brasileira e chilena, o que beneficiará 10% das cargas do comércio bilateral.

Para a CNI, a medida reduzirá a burocracia e custos, e melhorará a prestação do serviço para as empresas exportadoras. Atualmente, 26 empresas dependem da autorização especial (waiver) a cada embarque.

A decisão da Antaq, no entanto, não torna o tráfego bilateral livre de reserva de mercado. Somente a suspensão definitiva do acordo marítimo Brasil-Chile resolverá o problema dos custos e da qualidade de serviço nas operações entre os países. A medida anunciada na semana passada, porém, permite o aumento da competitividade no trecho e a atração de novas empresas para este mercado no período que antecede a data marcada para o fim do acordo Brasil-Chile, que é válido até janeiro de 2020.

No último dia 25 de julho, a CAMEX definiu que o acordo Brasil-Chile será encerrado em janeiro de 2020. Firmado há 42 anos, o acordo criou reserva de mercado no frete de contêineres e monopólio na rota entre os dois países. Apenas uma empresa de bandeira brasileira e outra de bandeira chilena podem operar na rota. Essa restrição causa prejuízo para mais de 5 mil empresas exportadoras e importadoras brasileiras.

Empresas que exportam para o Chile relatam que já verificaram melhorias nos serviços prestados e reduções no valor do frete, fatos que evidenciam os efeitos nocivos do duopólio e demonstram que o fim do acordo, em 2020, será benéfico para os exportadores.

FONTE: Sesi 14/11/2018

Base de cálculo do ICMS dos combustíveis aumenta

Maior aumento será no querosene de aviação, seguido de 8,7% no diesel e 7,4% no etanol

Sem alteração desde 1º de setembro, a pauta fiscal dos combustíveis volta a ter reajuste no dia 15 deste mês em Mato Grosso do Sul. De acordo com Ato Cotepe, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), publicado ontem no Diário Oficial da União, os preços médios de referência dos produtos no mercado estadual podem ter alta de até 10,74%.

A maior variação é para o querosene de aviação, que estava com o valor em R$ 3,2263 e será reajustado para R$ 3,5743. Em seguida, vem o óleo diesel, com novo preço médio de referência estabelecido em R$ 3,7906, alta de 8,73% em relação ao que está em vigor (R$ 3,4862). O diesel S-10 ficará 7,88% mais caro e a média salta de R$ 3,5989 para R$ 3,8826. Em relação ao etanol, o valor de referência sai de R$ 3,1464 para R$ 3,3812 (+7,46%).

O Ato Cotepe também prevê que o valor do litro da gasolina comum, a ser utilizado como referência no mercado estadual, deverá ficar 4,64% mais caro, passando de R$ 4,3182 para R$ 4,5197. Já a gasolina aditivada terá aumento de 2,19%, com preço médio aumentando de R$ 5,9055 para R$ 6,0355.

Para o Gás Natural Veicular (GNV), o aumento estimado é de 4,85%, com preço passando de R$ 2,6244 para R$ 2,7519 o litro. O gás liquefeito de petróleo, popularmente conhecido como gás de cozinha, é o único combustível da pauta fiscal a apresentar redução a partir da segunda quinzena de novembro: o valor de referência cairá de R$ 5,5845 para R$ 5,5766 o quilo, recuo de -0,13%.

ICMS do diesel

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou ontem, durante agenda pública em Campo Grande, que a redução de 17% para 12% na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel não tem prazo de validade e permanecerá por tempo indeterminado. Ele também fez balanço sobre o impacto da medida nos postos e defendeu que haja conversa do Procon e do Ministério Público com os estabelecimentos para avaliar como o aumento de consumo pode trazer redução ainda maior dos preços nas bombas.

“Temos ainda os postos de combustível na rodovia, realmente fizeram uma redução e aumentaram o consumo, o que foi positivo; em postos urbanos, foi menor a redução, por isso cabe ao Procon, Ministério Público, ter uma conversa com as empresas. Se aumenta consumo amplia a perda de ICMS, vendendo mais arrecada mais, nossa proposta (é) manter a redução, chegando na bomba e aumentando o consumo de diesel para o próximo ano”, afirmou.

Na semana passada, durante coletiva à imprensa sobre o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o secretário adjunto de Fazenda, Cloves Silva, havia destacado que após a implementação da lei, foi possível constatar “diminuição no preço do diesel nas bombas dos postos de combustíveis. Antes, o preço estava acima dos R$ 4 e hoje está abaixo disso”, comentou.

De acordo com informações do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), de janeiro a setembro deste ano houve aumento de 3,03% nas vendas de óleo diesel no Estado, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já em relação ao preço do combustível, o litro do diesel atualmente custa, em média, R$ 3,65 na Capital e R$ 3,75 no interior do Estado. No fim de maio e início de junho, o litro do diesel chegou a valer até R$ 4,15 em Campo Grande, com média de R$ 3,97 nos postos da cidade. A queda no preço médio é de 7,1%.

Ainda segundo o representante da Sefaz, “foi realmente detectado uma alta interna no consumo do diesel, mas que ainda não foi suficiente para recompor toda a receita que deixou de entrar com arrecadação (do ICMS)”. (Colaborou Aline Oliveira)

FONTE: Correio do Estado 13/11/2018

Produção de etanol de milho aumenta em MT com instalação de usinas perto de lavouras

Mato Grosso é o estado que mais produz o etanol de milho no país e a estimativa é que sejam produzidos 740 milhões de litros neste ano. O volume processado aumentou muito nos últimos anos. Em 2012, quando as usinas começaram a operar, eram produzidos 11 milhões de litros.

Quatro indústrias de biocombustível se instalaram no norte do estado nos últimos seis anos. A região Norte do estado está se transformando em um polo industrial do biocombustível, o que tem facilitado a venda do milho após a colheita.

Do total de milho produzido no estado, 5% são destinados à fabricação de etanol. Essa produção faz do estado o maior produtor nacional de biocombustível feito do cereal. O momento é do cultivo da soja, mas o que tem animado muitos produtores é o milho.

O agricultor Laércio Lenz, que tem uma propriedade em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, viu na fabricação do etanol de milho uma boa oportunidade de negócio. Ele vendeu mais de um milhão de toneladas do produto para uma usina.

O contrato é futuro: o milho vendido ainda vai demorar para ser plantado. "Hoje depois dessa queda do dólar, o milho abaixou de preço. Está em torno de R$ 19 em Sorriso, mas os níveis de comercialização futura foi na faixa de R$ 20, R$ 21, contou.

O cereal tem sido muito procurado para a fabricação de etanol. "A industrialização é um sonho de todo produtor aqui do norte do estado de Mato Grosso, em virtude da logística. A gente percebe as instalações de algumas usinas de etanol aqui. Em um raio de praticamente 150 quilômetros, vamos ter três usinas de grande porte aqui na nossa região. Isso é muito importante porque você com certeza abre mais mercado. Nós produtores vamos ter mais opção para vender o milho", avalia Laercio Lenz.

Parte do milho que sai das lavouras tem como destino as usinas. O cereal que geralmente é usado na alimentação humana e animal vira biocombustível.

Uma das usinas processa em média 18 mil toneladas do cereal por ano. O sócio-proprietário da empresa, Pedro de Moraes Filho, disse que o etanol é comercializado na região, por meio das distribuidoras de Sinop e Lucas do Rio Verde.

Para fazer o etanol, primeiro é feita a trituração do milho. Depois são adicionadas água e enzimas criando uma pasta, que é fervida nesses caldeirões. Por fim, o produto passa por processos de fermentação e destilação, separando o etanol de outros componentes.

O processo é bem mais demorado que o do etanol de cana de açúcar. "O etanol de milho precisa de 40 horas para ficar pronto, enquanto o etanol de cana precisa de 8 horas, disse o diretor executivo do Sindacool, Jorge dos Santos.

Outra indústria, a maior do estado, localizada em Lucas do Rio Verde, começou a operar há pouco mais de um ano.

Neste período, produziu 220 milhões de litros de etanol. No ano que vem, a produção deve dobrar já que a usina está em processo de ampliação.

"Com a duplicação, vamos para um 1,3 milhão e, com as novas fábricas, neste momento a gente tem contemplado a fábrica de Sorriso. Vamos adicionar mais 700 mil toneladas, então vai ser um total de 2 milhões de toneladas de milho por ano que vão ser transformadas em etanol", disse Rafael Abud, presidente da indústria.

O estado colheu na última safra mais de 27 milhões de toneladas do grão e 5% foram destinados para a produção do etanol. Quanto mais cresce a produção do biocombustível, mais os agricultores se sentem seguros na hora de vender a safra.

"Com toda a certeza, gera segurança, gera mais riqueza para toda a região e gera emprego também, porque emprego é riqueza também", afirmou.

FONTE: G1 11/11/2018

Venda de etanol atinge recorde na segunda quinzena de outubro

Crescimento se deve, mais uma vez, a manutenção da competitividade do biocombustível frente a gasolina

O volume de etanol hidratado comercializado no mercado interno pelas unidades do Centro-Sul somou 1,07 bilhão de litros na segunda quinzena de outubro, crescimento de 26,54% em relação ao mesmo período do ano anterior, de 849,48 milhões de litros. Esse volume representa um novo recorde de vendas do biocombustível no mercado doméstico em uma única quinzena.

No total do mês, as vendas de hidratado atingiram 2,02 bilhões de litros, registrando crescimento de 33,62% em relação ao volume observado em outubro de 2017, de 1,51 bilhão de litros.

Esse crescimento se deve, mais uma vez, a manutenção da competitividade do biocombustível frente a gasolina no mercado doméstico, a qual tem alavancado o aumento da participação do hidratado na demanda de combustíveis leves no país.

No caso do etanol anidro, o volume comercializado ao mercado doméstico na última metade de outubro atingiu 383,74 milhões de litros, montante inferior aos 443,80 milhões observados na mesma quinzena do último ano.

Em outubro, o volume de etanol vendido pelos produtores do Centro-Sul atingiu 2,89 bilhões de litros, sendo 154,11 milhões destinados ao mercado externo e 2,74 bilhões vendidos domesticamente.

FONTE: Canal Rural 14/11/2018

Fundamentos atuais já levam mercado a analisar menos etanol do que se previa em 19/20

O momento está exigindo muita atenção dos players brasileiros do setor sucroenergético. O que vinha demonstrando mais uma safra nova de cana, a 19/20, com um mix mais alcooleiro, pode acabar mudando. Não exatamente uma reversão. Mas ao menos um superávit de etanol menor e que não seria nada desprezível.

Na conjuntura nacional e internacional, quando se olha o dólar versus real, preço do petróleo em baixa, e produção mundial menor de açúcar, a situação começou a ficar mais embaralhada. “A hora é de muita sensibilidade para o mercado”, diz Martinho Ono, CEO da SCA Tranding.

A verdade é que se uma safra brasileira estivesse começando agora, a chave de produção estaria sendo virada.

A Organização Internacional do Açúcar (OIA) cortou bem a previsão de excedente global de açúcar, para 2,17 milhões de toneladas, depois do relatório anterior falar em 6,75 mi/t, enquanto também tirou pouco mais de 1 mi/t do superávit da temporada 17/18. Considera-se a safra 18/19 de Índia, Europa, Paquistão e Tailândia, enquanto no Brasil será a 19/20.

Enquanto isso, temos o petróleo hoje abaixo dos US$ 70. Dificilmente os países produtores consigam manter nessas cotações – Ono acredita que o barril vá no mínimo subir para US$ 70 -, tanto pelos seus custos quanto porque também o consumo aumenta no inverno do hemisfério norte. Mas é cedo para prever que volte ao patamar dos US$ 80. Há sempre o fator Donald Trump e sua guerra comercial podendo bagunçar tudo...

Ainda que a Petrobras esteja inibindo indiretamente as importações com a fixação na refinaria, a gasolina vem perdendo fôlego e nessas condições continuará perdendo, talvez menos se o Brent voltar a subir pouco mais. E tira competitividade do etanol.

Em combinação, o “dólar bolsonoro” flutuando na casa dos US$ 3,70 injeta combustível no petróleo mais barato chegando no Brasil.

Há uma régua apontando para mais cana brasileira o ano que vem para algo entre 560 e 570 mi/t, 10, 10 e pouco milhões de toneladas sobre o ciclo atual, em estágio terminal. Só por aí já haveria pouco mais de açúcar, além da expectativa sempre presente, até os últimos dias – frisa-se – de mais um futuro ano bom para o etanol.

Mas contando com a quebra do superávit global, Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, já cautelosamente entende uma possibilidade maior do adoçante sendo produzida, especialmente com Nova York (ICE Futures) acusando o março/19 a caminho ou acima dos 13 c/lp.  Alinhado ainda a manutenção do petróleo baixo.

Com as seguintes ressalvas: “Temos que ver uma mudança mais longa do intervalo anterior em US$ 75/80 o barril para o novo entre 65/70. Nisto dependem outros fatores claro, como geopolítica internacional (Trump, Rússia, Arábia Saudita), mas caso no novo intervalo US$ 65/70 se mantenha realmente retemos um mix menor para o etanol”.

Martinho Ono ainda aposta em uma base mínima de 27 mi/t de açúcar no Brasil em 19/20 e o etanol entre 29 e 30 bilhões de litros, mas concorda que a “sensibilidade” que ele está vendo junto ao mercado e seus clientes produtores olha a possibilidade de mudança, considerando quase todos os termos até aqui apontados acima.

Uma coisa é quase certa. Se o prêmio do etanol hidrado sobre o açúcar no físico começar a ficar muito encostado nos 15%, os produtores preferem oferecer mais o segundo, sempre um fator de segurança nessas horas diante do biocombustível que só da opção de negociar no spot (menos o anidro) e está sempre sujeito às interferências de políticas que mexam com a conjuntura.

Outra coisa também é certa: as fixações de açúcar que chegaram a 3 mi/t quando o teto de Nova York passou dos 14 c/lp ao final de outubro, com as notícias de quebra na Índia por praga (que ainda se coloca em dúvida seu tamanho), estão paradas e não apenas porque a commodity caiu bem depois de atingir aquela máxima.

Mas, como admite o CEO da SCA, o mercado está esperando para, se for o caso, fixar se e quando o açúcar começar a se mostrar mais vantajoso (e com sustentação) na tela de março da ICE, consolidando que a abertura da próxima safra, que poderia até ser antecipada para mais etanol (então em alta), vire mais para o adoçante do que se previa. Opinião com aval de Maurício Muruci.

Outra coisa também é mais do que certa: os outros podem ter quebra, mas o Brasil é o único que pode tirar do etanol para mais açúcar.

FONTE: Notícias Agrícolas 16/11/2018

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Petrobras eleva para mais de 90% participação no mercado de gasolina e de diesel

Fatia de mercado em vendas de gasolina subiu de 80% em janeiro para 91% em setembro. Já nas vendas de diesel, participação aumentou de 65% para 93%.

A Petrobras registrou aumento de participação nos mercados de diesel e gasolina do Brasil em setembro, atingindo o melhor patamar desde 2016, segundo apresentação da companhia sobre os resultados do 3º trimestre.

A Petrobras viu sua participação no mercado de diesel crescer 14 pontos percentuais desde a greve dos caminhoneiros, ocorrida na passagem de abril para maio deste ano. O chamado market share da companhia neste segmento saltou de 79% para 93% em setembro. Em janeiro, era de 65%.

O aumento da fatia no mercado de diesel da Petrobras está relacionado ao subsídio do governo federal ao combustível, de até 30 centavos por litro.

O preço mais baixo fez com que agentes privados parassem de importar diesel do exterior, garantindo à estatal aumentar sua participação.

No mercado de gasolina, o avanço foi menor, de 6 pontos percentuais. A Petrobras viu sua participação saltar de 85% em abril para 91% em setembro. Em janeiro, era de 80%.

Do ponto de vista de performance de vendas, a política comercial mais agressiva está nos fazendo recuperar o market share”, afirmou o diretor de Refino da companhia, Jorge Celestino.

A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços de combustíveis desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior periodicidade, inclusive diariamente, refletindo sobretudo os preços internacionais e o câmbio. Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 30,78% e, o do diesel, valorização de 56,61%, segundo o Valor Online.

Apesar do aumento do market share da gasolina, a companhia registrou no acumulado no até setembro queda de 12,8% no volume de vendas do combustível “devido principalmente à competitividade com o etanol”.

A empresa reportou ainda uma queda no fator de utilização das refinarias para 75% em setembro, ante 76% em agosto. Em janeiro, no entanto, era de 71%. A produção total de derivados no acumulado em 9 meses caiu 1,6% na comparação anual.

Importação de óleo e derivados

A importação de petróleo e derivados pela Petrobras subiu 30,6% no terceiro trimestre do ano, na comparação com igual período de 2017, para 439 mil barris por dia. Já a exportação de petróleo e derivados pela companhia caiu 26,1% no terceiro trimestre, frente ao período julho-setembro do ano passado, para 511 mil barris por dia.

O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, defendeu a manutenção da política de preços da companhia. “A gente acha que essa política é transparente, que dá previsibilidade ao mercado, e é fator importante para obtenção dos resultados da companhia. Então, alterações nessa política têm que ser discutidas, mas é algo que cabe ao novo presidente decidir”, disse.

FONTE: G1 10/11/2018

Preço mínimo - ANTT publica norma para multar quem descumprir tabela do frete

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, nesta sexta-feira (9/11), a definição dos valores das multas que serão aplicadas a quem descumprir os preços mínimos da tabela do frete rodoviário. A agência já estava fiscalizando o cumprimento dos valores, mas as autuações não geravam multa porque faltava a regulamentação das punições.

De acordo com a resolução publicada no Diário Oficial da União, os valores serão aplicados em quatro situações distintas, variando do valor mínimo de R$ 550 e podendo chegar ao máximo de R$ 10,5 mil. A empresa que contratar o serviço de transporte rodoviário de cargas abaixo do piso mínimo estabelecido pela agência reguladora terá punição específica. Nesse caso, a multa será de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido, limitada ao mínimo de R$ 550 e ao máximo de R$ 10,5 mil.

Já para o transportador que realizar o serviço de transporte rodoviário de cargas em valor inferior ao piso mínimo de frete definido pela ANTT, será aplicada multa de R$ 550. A resolução diz ainda que os responsáveis por anúncios de ofertas para contratação do transporte rodoviário de carga em valor inferior ao piso mínimo estarão sujeitos à multa de valor de R$ 4.975.

O texto diz que os responsáveis por anúncios ou outros agentes do mercado que impedirem, obstruírem ou, de qualquer forma, dificultarem o acesso às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização para verificação da regularidade do pagamento do valor de frete poderão sofrer multa de R$ 5 mil.

"A ANTT poderá utilizar-se do documento que caracteriza a operação de transporte, de documentos fiscais a ele relacionados e das informações utilizadas na geração do Código Identificador da Operação de Transporte para comprovação da infração prevista neste artigo", diz a resolução.

A tabela do frete é resultado de um acordo entre caminhoneiros e o governo de Michel Temer para acabar a paralisação do transporte rodoviário no país, e sua constitucionalidade está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal. Após audiência pública em agosto, o ministro Luiz Fux, relator do processo, afirmou que não decidirá sozinho sobre o tema e que levará as três ações diretas de inconstitucionalidade sobre o assunto para análise diretamente no Plenário da Corte. Com informações da Agência Brasil.

FONTE: Agência Brasil 09/11/2018

CNPE publica resolução do B15

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou nesta quinta-feira (08/11) a Resolução nº 16/2018, que define os próximos passos da evolução da adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final, em qualquer parte do território nacional.

A resolução marca última etapa da Lei n° 13.263/2016, que estabeleceu prazos para a implementação das misturas obrigatórias de 8% até 10% (hoje está em vigor o B10, 10% de biodiesel), e deixou a cargo do CNPE a definição de um cronograma até o B15.

De acordo com o texto da resolução, a partir de junho do ano que vem, todo diesel comercializado no Brasil deve conter 11% de biodiesel. Já a partir de março de 2020, a mistura obrigatória passa a ser de 12% devendo ser incrementada em 1% ao ano até alcançar o B15 em 2023.

O que isso significa?

Seguindo o cronograma de mistura e uma recuperação do PIB (Produto Interno Bruto) nos próximos anos, o setor deverá sair dos atuais 5,5 bilhões de litros de biodiesel produzidos para 9,5 bilhões em 2023, calcula o presidente da Ubrabio, Juan Diego Ferrés.

Cada litro a mais de biodiesel consumido corresponde a um litro de diesel que deixa de ser importado e consumido. Isto impacta na economia, já que diminui a necessidade de importação e amplia a industrialização interna, gerando empregos e agregando valor à produção nacional.

Do ponto de vista ambiental, o biodiesel reduz em 70% as emissões de gases de efeito estufa quando comparado com o diesel fóssil. Além disso, diversos poluentes deixam de ser emitidos, melhorando a qualidade do ar que a população respira.

FONTE: Ubrabio 08/11/2018

Biosev vende mais uma usina no Nordeste do Brasil

A Biosev informou nesta sexta-feira que assinou contrato para vender por 70 milhões de reais a totalidade do capital social da Usina Giasa à M&N Participações S.A., holding da Olho D’Água, grupo do setor sucroalcooleiro tradicional do Nordeste do país.

A venda do ativo no município de Pedras de Fogo (PB) pelo grupo, um dos maiores do setor sucroalcooleiro do Brasil, faz parte do programa da empresa que visa reduzir o endividamento. Ao final de setembro, a companhia informou dívida líquida de 5,2 bilhões de reais.

Em meado de setembro, empresa de açúcar e etanol brasileira controlada pela trading de commodities Louis Dreyfus havia vendido a usina Estivas, no Rio Grande do Norte, por 203,6 milhões de reais.

Fontes com conhecimento do assunto haviam dito à Reuters em outubro que a Biosev estava negociando mais usinas para reduzir suas dívidas.

No início do novembro, o presidente-executivo da empresa, Juan José Blanchard, disse que a companhia estava aberta a oportunidades no mercado, incluindo vendas de ativos.

O movimento de desinvestimento acontece meses depois que a Louis Dreyfus socorreu a unidade com uma injeção de capital de 1,05 bilhão de dólares e se seguiu à saída de Rui Chammas da presidência da Biosev, que foi substituído por Blanchard, em julho.

Excluindo a Giasa e a Estivas, restaram à Biosev oito unidades agroindustriais no Brasil, a maior parte delas em São Paulo, além de um terminal próprio portuário.

Segundo a empresa, o programa no qual estão inseridos os desinvestimentos busca a revisão "de potenciais alternativas estratégicas relacionadas ao seu portfolio de ativos, bem como diversificar suas fontes de financiamento, visando aumentar sua geração de caixa e fortalecer sua estrutura de capital".

FONTE: Reuters 09/11/2018

Preço médio da gasolina cai 1,08% nos postos; etanol e diesel também recuam

O preço médio da gasolina nos postos no Brasil teve queda de 1,08 por cento nesta semana, para 4,658 reais por litro, mostraram dados publicados nesta sexta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O recuo aconteceu após a Petrobras realizar cortes importantes no preço da gasolina nas suas refinarias nas últimas semanas. Apenas em novembro, o recuo acumulado da gasolina anunciado pela Petrobras já somou 10,14 por cento.

Nesta sexta-feira, a empresa anunciou novo recuo nos preço em suas refinarias, para o menor patamar desde o começo de abril.

O repasse dos reajustes da Petrobras em seus combustíveis aos consumidores depende de distribuidores, revendedores, impostos, além da mistura de biocombustíveis no produto final vendido nos postos, dentre outras questões.

O etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, teve média de 2,951 reais por litro nesta semana, queda de 0,8 por cento ante a semana anterior, mostraram os dados da ANP.

O preço médio do diesel, combustível mais consumido do Brasil, atingiu 3,685 reais por litro, queda de 0,91 por cento na comparação com o período anterior.

A queda do diesel também foi pequena em comparação ao corte feito pela Petrobras em suas refinarias de 10,1 por cento no preço médio do diesel, para o período entre 30 de outubro e 28 de novembro, ante o mês anterior, devido a ajuste mensal do programa de subsídio ao combustível.

Com o programa, lançado em junho, como resposta à greve histórica de caminhoneiros, a petroleira deve praticar o preço do diesel dentro de limite máximo estabelecido pelo governo, contando com ressarcimento federal de até 30 centavos por litro. O preço de referência é ajustado a cada mês.

FONTE: Reuters 10/11/2018

Deputados defendem venda direta de etanol aos postos de combustíveis

Em audiência, o representante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Ricardo de Castro, disse que a venda direta poderia melhorar a concorrência no setor. Mas as distribuidoras não concordam

Em audiência pública promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor, a venda direta de etanol aos postos de combustíveis voltou a ser a principal preocupação entre os parlamentares da Câmara dos Deputados.

Em audiência, o representante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Ricardo de Castro, disse que a venda direta poderia melhorar a concorrência no setor. Mas as distribuidoras não concordam. Leonardo Gadotti Filho, da Associação Nacional de Distribuidoras (Plural), alertou que, com a estrutura tributária que existe hoje no país, a venda direta pode aumentar a sonegação de impostos.

“Combustível, para todos os estados da federação, é o primeiro item de arrecadação. Nós estaremos mexendo nisso se não garantirmos que todos esses impostos vão ser pagos. Nós temos no Brasil, hoje, mais ou menos R$ 60 bilhões inscritos na dívida ativa – ou seja, sonegação de combustíveis”, afirmou Gadotti.

Divergência entre produtores

Representantes da indústria de cana de açúcar do Nordeste defenderam a venda direta e afirmaram que a questão tributária pode sofrer uma adequação para garantir que não haja prejuízos financeiros aos estados. Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco, enumerou as vantagens da negociação direta entre produtores e postos.

“Nós teremos uma agilidade maior, uma eficiência logística maior, uma diminuição de estocagem não remunerada muito maior e, sem dúvida alguma, onde formos competentes, nós iremos levar um produto ao consumidor.”

Já os produtores da região Centro-Sul, representados pela União da Indústria de Cana de Açúcar (Única), têm posicionamento diferente. A diretora-presidente da entidade, Elizabeth Farina, argumenta que o ônus da mudança não está sendo levado em conta e que os custos de distribuição não vão desaparecer com a venda direta. Ela acrescenta que a vantagem no preço final do combustível será pequena.

“Nós vamos fazer toda essa mudança para o consumidor na ponta ter 8 centavos de redução se tudo isso de fato for passado para frente na cadeia produtiva? Então me parece que o benefício que está se almejando está sendo superestimado”, afirmou.

O deputado João Fernando Coutinho (Pros-PE), que sugeriu a audiência pública, lembra que as propostas de mudança não excluem as distribuidoras da cadeia produtiva do etanol e que a venda direta seria opcional. O parlamentar defende a diminuição das despesas com combustível no orçamento do cidadão.

“Qualquer redução desse custo certamente vai beneficiar o consumidor. Um custo de 8, de 10, de 15 centavos, qualquer redução é benéfica ao cidadão brasileiro”

Propostas

Há várias propostas em tramitação na Câmara dos Deputados para mudar uma resolução da Agência Nacional do Petróleo e alterar a lei 9.478/97 que estabelece a Política Energética Nacional com o objetivo de permitir que os produtores de etanol possam vender o combustível diretamente aos postos, sem a intermediação das empresas distribuidoras.

Depois da exposição dos convidados da audiência pública, a maioria dos deputados se declarou favorável à venda direta do etanol. Os parlamentares querem que o projeto de decreto legislativo  seja levado ao plenário da Câmara ainda neste ano.

FONTE: Folha 09/11/2018

domingo, 4 de novembro de 2018

Programa de subvenção à comercialização ao óleo diesel 3ª fase – 4º período (30/10/2018 a 28/11/2018)

A tabela abaixo apresenta os novos valores dos Preços de Referência (PR) para o dia 30/10/2018, calculados segundo metodologia definida na Resolução ANP nº 743/2018, acrescidos da parcela fixa (Zt) de R$ 0,0404/litro, publicada no Despacho Diretoria ANP nº 1.206/2018, bem como os Preços de Comercialização (PC), resultantes da subtração de R$ 0,30/litro dos Preços de Referência do primeiro dia do período de apuração, como determinado pelo inciso II do Art. 3º do Decreto nº 9.454/2018.

(Em R$/litro) 
Norte (-TO) 
Nordeste (+TO) 
Centro-Oeste 
Sudeste 
Sul 
PR + Zt em 30/10/2018  
2,3510
2,3780 
2,5340 
2,4523 
2,4359 
PC 4º período da 3ª fase
(30/10/18 a 28/11/2018)
2,0510 
2,0780 
2,2340 
2,1523 
2,1359 

Esses preços estarão vigentes para o período de apuração de 30 de outubro a 28 de novembro de 2018, nos termos do inciso IV do Art. 2º do Decreto n° 9.454 de 2018.

Na tabela a seguir, são apresentados os preços de comercialização vigentes no 3º período da 3ª fase, os preços de comercialização vigentes no 4º período da 3ª fase  e as diferenças entre os dois.

(Em R$/litro) 
Norte (-TO) 
Nordeste (+TO) 
Centro-Oeste 
Sudeste 
Sul 
PC 3º período 3ª fase (30/9/18 - 29/10/2018) 
2,2897 
2,3203 
2,4719
2,3902
2,3737
PC 4º período 3ª fase (30/10/18 a 28/11/2018) 
2,0510 
2,0780 
2,2340
2,1523 
2,1359
Diferença 
-0,2387 
-0,2423 
-0,2379
-0,2379
-0,2378
Diferença (%) 
-10,42% 
-10,44%
-9,62%
-9,95%
-10,02%

FONTE: ANP 29/10/2018

Aumento do biodiesel no diesel pode causar impactos positivos e negativos

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, por unanimidade, na última segunda-feira (29), a implementação gradual da fase 15 do biodiesel.

Na opinião de Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, que representa a sociedade civil no conselho, a decisão é muito importante “porque o Brasil ainda é um grande importador de diesel”.

“O biodiesel é um combustível limpo, que reduz emissão de material particulado, promove o desenvolvimento, além de reduzir drasticamente a importação de diesel”, pontuou.

De acordo com Nastari, o CNPE aprovou um cronograma para implementação gradual do B15 até 2023.

“Está pendente ainda a conclusão dos testes para verificar a viabilidade técnica do aumento da mistura de 10 para 15%, e esses testes devem terminar até 1º de março de 2019”, disse.

Se os ensaios derem certo, segundo Nastari, “e ficar comprovada a viabilidade técnica para a ampliação”, a partir de 1º de junho de 2019 a mistura seria levada para 11%; para 12% em 1º de março de 2020 (12); 13% em 1º de março de 2021; 14% em 1º de março de 2022; e, finalmente, 15% em 1º de março de 2023.

“Esse cronograma de implementação é muito importante porque vai permitir continuidade no esmagamento de soja, na produção de farelo, de óleo de soja, na utilização de outras oleaginosas e sebo bovino para a produção de biodiesel”, elencou.

Do ponto de vista da revenda, a decisão pode impactar ainda mais na qualidade do diesel. “Ainda não foram sanados os problemas de qualidade em função da mistura do biodiesel no diesel.  O biodiesel é um produto higroscópico, que capta a umidade do ar e é sujeito a alterações climáticas, mesmo com a redução do teor de água do produto que sai das usinas, determinado pela ANP. Tememos que os efeitos do aumento do  produto cause problemas com a qualidade no diesel, trazendo prejuízos ao consumidor, que sempre são suportados pelos postos revendedores”, destacou Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis.

No último boletim de qualidade da ANP, publicado em setembro, 40% do total de amostras de diesel registraram não conformidades em relação ao teor de biodiesel, sendo a principal motivação entre as amostras desconformes. Em relação ao índice de conformidades de setembro, o diesel registrou 95%, nível de qualidade inferior aos demais combustíveis nacionais, que apresentaram 98,4% (gasolina) e 97,5% (etanol).

FONTE: Ascom Fecombustíveis 01/11/2018

Alta do frete deve impactar em R$ 890 milhões a soja de MS

Alta no custo da logística da soja poderá chegar a R$ 890 milhões neste ano em Mato Grosso do Sul

A alta no custo da logística da soja poderá chegar a R$ 890 milhões neste ano em Mato Grosso do Sul. No País, este montante é estimado em R$ 13,8 bilhões. Os dados são de estudo do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-Log USP). Além do tabelamento de preços mínimos estabelecido pelo governo após a paralisação dos caminhoneiros no fim de maio, a falta de vias alternativas para o escoamento de produção tornou os custos de logística da soja brasileira uns dos mais caros no mundo.

Com a dependência quase total do frete rodoviário, os produtores do Brasil e de Mato Grosso do Sul veem-se obrigados a arcar com custos cada vez maiores em rodovias, em sua maioria, com estrutura precária. “O Brasil é um dos países com maior produtividade de soja por hectare, mas o grande entrave é a questão da infraestrutura, que representa 30% dos custos de produção”, explica o consultor de empresas e especialista em mercado exterior Aldo Barrigosse. “O preço médio de tonelada de soja brasileira, hoje, está girando em torno US$ 500 [em torno de R$ 1.843,60]. Desse valor, cerca de 30% [US$ 150, aproximadamente R$ 553,08] fica na cadeia produtiva na parte de infraestrutura, isto é, transporte rodoviário interno, dentro do Brasil. Enquanto isso, nos Estados Unidos, esse custo fica em torno de US$ 30 [por volta de R$ 110,61], cerca de 5% do custo total”.

Segundo o especialista, por esse motivo, os produtores norte-americanos costumam obter lucros superiores aos brasileiros, mesmo com uma produtividade menor. “Nos Estados Unidos, a produção é transportada por caminhão, depois por trem e depois vai pelo rio até o porto. Aqui, tudo depende inteiramente das rodovias, dos caminhões. Falta investimento nessa multimodalidade. É preciso usar o frete ferroviário e fluvial, para que se possa diminuir o valor da tonelada”.

Para a analista-chefe de grãos da Rural Business, Tânia Tozzi, o custo de logística pago pelos produtores brasileiros é, de fato, “exorbitante”, e o tabelamento do frete, imposto pelo governo, vem prejudicando ainda mais o setor. “O custo operacional logístico do Brasil joga uma âncora no agronegócio. Temos uma infraestrutura precária para um país de tamanho continental”, afirma. “A lucratividade fica, cada dia mais, achatada e automaticamente não se consegue mais investir na lavoura. A produtividade média cai e o custo aumenta, é um ciclo vicioso”, complementa.

PLANO DE GOVERNO

Diante da evidente necessidade de investimento em infraestrutura no Brasil e em Mato Grosso do Sul, a reportagem do Correio do Estado conferiu quais as propostas dos dois candidatos a governador de MS para a questão logística do Estado.

O plano do candidato Reinaldo Azambuja (PSDB) fala em “ampliar o uso da hidrovia do Rio Paraguai, modernizando e ampliando a estrutura portuária”, além de “promover a implantação da Rota Bioceânica rodoviária com a construção da ponte sobre o Rio Paraguai” e a “implantação de novos equipamentos de logística, como portos, aeroportos e outros”. Já em relação à malha ferroviária do Estado, Azambuja propõe “apoiar a recuperação e manutenção da operação da Ferroeste com a implantação da Ferrovia Transamericana”.

O programa ainda propõe “a pavimentação e a manutenção das rodovias estaduais e o aumento da conectividade entre as diversas regiões”, apesar de não citar, de maneira mais específica, como e com quais recursos pretende realizar esses investimentos.

Já o plano do candidato juiz Odilon (PDT) é mais sucinto e cita o “desenvolvimento e a implantação da Rota Internacional Latino-Americana (Rila)” como um potencial a ser explorado. Também fala em “direcionar esforços políticos e econômicos para a captação de investimentos que ampliem e modernizem as malhas ferroviárias e hidroviárias”, além de recursos para “melhorar as condições das rodovias que cortam o Estado”. Por fim, o programa de Odilon também fala em “ampliar a capacidade dos portos, em parceria com o setor privado, e cobrar a aplicação dos recursos destinados às melhorias hidroviárias nos rios Paraná e Paraguai”, esclarecendo que esses recursos estão previstos no Orçamento Geral da União.

A analista Tânia Tozzi reforça a urgência do governo, seja quem for eleito – tanto na esfera estadual quanto federal –, em atuar de forma a ampliar as possibilidades logísticas do Estado e do País. “O ideal é que exista um projeto estrutural [para todo o Brasil]. Se não houver planejamento ligando todos os setores de produção, vamos continuar fazendo as coisas sem nenhum plano estratégico, e o resultado disso no bolso do produtor rural é terrível”, finaliza.

FONTE: Agrolink 01/11/2018

Preços de frete marítimo global despencam com guerra comercial entre EUA e China

O custo de contratação de navios de contêineres despencou 24 por cento ante o pico de vários anos, enquanto as taxas cobradas por navios de matérias-primas recuaram 10 por cento ante máximas em cinco anos, em novos sinais de desaceleração do comércio global com implicações.

Enquanto o mundo segue concentrado nas perdas dos mercados acionários nesta semana, a queda nas taxas de fretes, que ocorre em meio à guerra comercial travada pelos Estados Unidos contra a China, além da desvalorização de moedas de mercados emergentes e condições mais restritas de crédito, é um presságio de desaceleração do crescimento econômico global.

No início das cadeias de fornecimento, os navios graneleiros transportam as matérias-primas, como carvão e minério de ferro, das minas para as fundidoras, enquanto os navios de contêineres completam o ciclo transportando a grande maioria dos bens manufaturados globais das fábricas para os consumidores.

Os fretes de navios graneleiros e de contêineres subiram para picos em vários anos mais cedo neste ano, mas despencaram desde a guerra comercial entre os Estados Unidos e China se agravou, com ambos os lados impondo altas tarifas de importação sobre centenas de produtos.

“O achatamento do índice de fretes de graneis secos no Báltico e do índice de contêineres sinalizam com certeza para uma desaceleração da economia global”, disse Ashok Sharma, diretor da contratadora de cargas BRS Baxi, em Cingapura.

Frederic Neumann, codiretor da Asia Economic Research do HSBC em Hong Kong, afirmou que o “comércio global está esfriando depois de um forte desempenho nos últimos dois anos”.

Ele afirmou que a desaceleração da demanda na Europa e China, dificuldades nos mercados emergentes, bem como as tensões comerciais entre EUA e China estão contribuindo para a desaceleração e acrescentou que “o efeito completo disso ainda não foi sentido”.

O índice Harpex Container, que acompanha mudanças semanais nos preços de frete de navios de contêineres, caiu em quase 25 por cento desde junho, quando estava em um pico de sete anos, para 516 pontos.Já o Freightos Baltic Index, um índice global de contêineres lançado em Cingapura em 2017, subiu para um recorde em agosto, mas desde então caiu 5,4 por cento, para 1.583 pontos.

Os movimentos no mercado de contêineres tendem a refletir mudanças nas economias desenvolvidas enquanto no caso dos navios de granéis sólidos representam mais países emergentes, afirmam analistas de logística.

O Baltic Dry Index, que mede custos de frete para navios que transportam minério de ferro, carvão e outros minerais, caiu 13 por cento depois de atingir o maior pico desde janeiro de 2014.

Leszczynski afirmou que a queda nos fretes de granéis secos está mais relacionada a tendências nos mercados emergentes, onde as moedas de países como a Índia, Indonésia e Paquistão despencaram contra o dólar este ano, reduzindo a capacidade de pagamento de importações.

Por outro lado, os fretes de petroleiros estão se segurando, conforme companhias tentam comprar o maior volume possível de petróleo antes da reimposição de sanções dos Estados Unidos contra as exportações do Irã, em 4 de novembro.

Porém, o sinal de risco para a economia global continua. “O frete de petroleiros tipicamente tem uma defasagem de alguns trimestres em relação ao índice de granéis sólidos”, disse Sharma, do BRS Baxi.

FONTE: Reuters: 29/10/2018

Bolsonaro diz que Brasil voltará a ser líder global na produção de etanol

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que o Brasil voltará a liderar a produção de etanol no mundo, após ter perdido a posição para os Estados Unidos já há algum tempo.

"No passado, fomos líderes nessa área e vamos voltar a ser com toda certeza brevemente", declarou ele, em vídeo gravado antes da eleição e apresentado nesta segunda-feira, em congresso do setor em São Paulo.

"É muito importante, estamos combatendo a emissão de CO2 e trazendo algo nosso para dar energia ao Brasil. Contêm conosco, seremos parceiros nessa questão", acrescentou.

FONTE: Reuters 29/10/2018

Recentes quedas no preço gasolina a refletem nos valores do etanol na usina

De acordo com pesquisas do Cepea, as recentes quedas nos preços da gasolina A nas refinarias estão refletindo em recuos nos valores do etanol hidratado negociado nas usinas do estado de São Paulo. Diante disso, tanto o volume de etanol negociado por usinas paulistas quanto o preço do biocombustível caíram na semana passada frente ao período anterior. Quanto aos preços, entre 22 e 26 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,7720/litro, recuo de 2,26% em relação ao período anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do anidro foi de R$ 1,9874/litro, queda de 1,81% frente ao da semana anterior. Na semana passada, algumas usinas paulistas consultadas pelo Cepea aumentaram a oferta de etanol – as chuvas que chegaram a paralisar a moagem em boa parte do Centro-Sul tiveram pouco efeito sobre as cotações. Do lado das distribuidoras, compradores se limitaram a adquirir pequenos volumes ou quando houve “oportunidade de negócio”.

FONTE: Cepea 30/10/2018

Etanol: exportação cresce 82,3% em outubro, para 278,7 milhões de litros

Ribeirão Preto, 01 - O Brasil exportou em outubro 278,7 milhões de litros de etanol, alta de 82,3% na comparação com os 152,9 milhões de litros embarcados em igual período de 2017 e de 58% em relação aos 176,4 milhões de litros exportados em setembro de 2018. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 1, pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

A receita com a venda do biocombustível alcançou US$ 139,6 milhões em outubro, avanço de 58,5% ante os US$ 88,1 milhões registrados em outubro de 2017. Já em relação aos US$ 84,4 milhões de setembro de 2018, o faturamento cresceu 65,4%.

No acumulado do ano de 2018, o volume exportado alcança 1,444 bilhão de litros, avanço de 18,46% ante os 1,219 bilhão de litros embarcados nos primeiros dez meses do ano passado. A receita totalizou US$ 769,5 milhões de janeiro a outubro de 2018, 11,1% maior quando comparada ao faturamento de US$ 692,4 milhões acumulado em igual intervalo de 2017.

FONTE: Estadão 01/12/2018

Etanol segue perdendo vantagem sobre a gasolina, relação chega a 63,2%

Biocombustível passa por sequência de aumentos no preço médio, mas segue melhor economicamente em sete estados

Na semana de 21 a 27 de outubro, a alta no preço do etanol e uma pequena queda no valor médio da gasolina nos postos do país influenciou negativamente a competitividade do etanol. De acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as pequenas reduções de preço do biocombustível nas usinas ainda não tiveram influência nos postos.

Assim, na análise mais recente, o valor médio do etanol teve um aumento de 1,36%. Na média nacional, seu preço correspondeu a 63,2% do valor de comercialização do combustível fóssil – inferior à paridade energética comercialmente estabelecida em 70%, mantendo-se competitivo mesmo com os sucessivos aumentos.

Nesta semana, o indicador cresceu 1,44%, voltando à sequência de aumentos que começou no final de agosto. Ainda assim, ele mantém a competitividade do etanol na tendência favorável vista desde abril.

Preço nas bombas

De acordo com a ANP, entre 21 e 27 de outubro, o preço do etanol nos postos aumentou em 16 estados e no Distrito Federal, recuou em nove e não teve comparação no Amapá.

Com o aumento em tantos estados, seu preço médio a nível nacional passou de R$ 2,943 para R$ 2,983 por litro. Já o valor médio da gasolina teve a primeira redução desde o fim de agosto, passando de R$ 4,725 para R$ 4,723 por litro, uma queda de 0,04%.

Estados

Independente dos aumentos nos preços observados nos últimos meses, o biocombustível segue em vantagem em Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e na Paraíba.

São Paulo segue apresentando o menor valor médio do etanol nas bombas, R$ 2,810/l, mesmo após o aumento de 1,52%. Com a queda de 0,13% para a gasolina, a relação entre os combustíveis subiu para 62,4%.

Já Mato Grosso segue com o segundo menor valor para o biocombustível, R$ 2,912/l graças ao aumento de 0,45%. Com a valorização de apenas 0,1% para a gasolina, a relação entre os combustíveis subiu para 60%, mas segue sendo a menor entre os estados.

Nos postos mineiros, com o aumento de 1,66% para o etanol e de 0,2% para a gasolina, a relação média entre eles subiu para 62,7% e se mantém favorável ao biocombustível.

Em Goiás, o preço do etanol subiu 2,94% e o da gasolina, 0,22%. Assim, a relação comercial entre eles subiu, chegando a 64,3%, ainda favorável ao biocombustível.

Enquanto isso, no Paraná, o preço do etanol subiu 0,46% e o da gasolina caiu 0,2%, fazendo a relação entre eles subir para 66,8%, mantendo-se favorável ao etanol.

Usinas

Nas usinas, o preço do biocombustível voltou a subir em Mato Grosso, mas caiu em São Paulo e Goiás depois de semanas de altas. O Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado no estado paulista mostra que sua cotação caiu 2,26%, chegando a uma alta de 23% nas últimas nove semanas.

Mato Grosso, por sua vez, teve um aumento de 0,04% na cotação do etanol hidratado em relação à última análise. No período acumulado, a valorização é de 28%.

Já em Goiás, a cotação do etanol nas usinas caiu 2,19% entre as duas últimas análises. Assim, o acumulado nas últimas 61 semanas é de 27,5%.

FONTE: Novacana 29/10/2018