segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Importadoras acusam Petrobras de preço abaixo do internacional

A Abicom, associação que representa as importadoras de combustíveis, ingressou nesta semana na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com uma denúncia contra a Petrobras. O Valor apurou que as importadoras acusam a estatal de praticar, desde dezembro do ano passado, preços do diesel abaixo da paridade internacional.

A associação toma como referência o fato relevante da Petrobras de 14 de outubro de 2016, que trata da criação da nova política de preços de gasolina e diesel, atrelada à cotação internacional. Na ocasião, a petroleira informou aos investidores que passaria a praticar preços “nunca abaixo da paridade internacional” (conceito que inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias) e que seus preços também considerariam uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação e o nível de participação no mercado.

Em junho do ano passado, quando aprovou a revisão da política de preços que instituiu a prática de reajustes a qualquer momento, inclusive diários, a Petrobras reiterou que os princípios da política de preços anterior permaneceriam inalterados.

Nos primeiros meses de vigência da política de reajustes diários, contudo, a Petrobras teve dificuldades para conter o avanço das importações por terceiros. Foi aí que, em dezembro, a empresa resolveu reduzir os preços e começou, então, a recuperar participação de mercado.

Além de ingressar na CVM, a Abicom já havia entrado anteriormente com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), acusando a Petrobras de adotar “condutas anticoncorrenciais” para desestimular a importação de combustíveis.

A associação pede a instauração de inquérito para apurar a existência de supostas infrações à ordem econômica e a aplicação de medida preventiva, para que a Petrobras se abstenha de praticar preços em “caráter predatório”.

Outro lado

A Petrobras informou que a acusação é “absolutamente improcedente”.

Segundo a Petrobras, a presença de outros agentes no mercado é “positiva e desejável”, mas “alegações de práticas de preços supostamente inferiores à paridade internacional devem ser vistas com cautela, na medida em que podem abarcar operações ineficientes com evidente prejuízo ao bom funcionamento do mercado”.

A Petrobras também esclareceu que os preços de diesel praticados a partir de junho são aqueles fixados pelo governo, no programa de subvenção, “condição essa aplicável a qualquer agente que tenha aderido ao referido programa, que no caso da Petrobras gera resultados aderentes ao esperado pela política de preços vigente”.


FONTE: Sindicom BA 25/08/2018

ANP divulga situação sobre pagamento de subvenção ao diesel; Petrobras segue no aguardo

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou na noite de quinta-feira a situação dos pedidos de pagamento da subvenção ao óleo diesel, em programa criado pelo governo após a greve dos caminhoneiros.

Segundo a agência, foram aprovados pagamentos a quatro empresas: Dax Oil Refino S/A (6.366,50 reais), Refinaria de Petróleo Riograndense S.A (114.943,22 reais), Petro Energia Indústria e Comércio Ltda (70.000,00 reais) e Sul Plata Trading Brasil Ltda (14.000,00 reais), referentes à primeira fase do programa.

Mas apenas Riograndense e Petro receberam os pagamentos.

As outras duas com pagamentos aprovados ainda não foram pagas devido a pendências por problemas cadastrais.

Os pagamentos à Petrobras, que deverá ter os maiores valores a receber, ainda dependem da conclusão da análise da documentação, que está em fase final, no caso da primeira fase do programa, segundo a ANP.

A agência afirmou também solicitou mais informações à Petrobras sobre vendas durante a segunda fase do programa de subsídio, para realizar o processo de pagamento.

FONTE: Reuters 24/08/2018

Polícia Civil cumpre mandado da Operação Etanol em Ribeirão Preto

Documentos e computadores foram apreendidos em apartamento de casal no Jardim Paulista, zona Leste da cidade; suspeita é de desvios de R$ 23 mi de cooperativa no Mato Grosso

A Polícia Civil de Ribeirão Preto apreendeu celulares, computadores, pen-drives e documentos na manhã desta quinta-feira (23), no apartamento de um casal localizado no Jardim Paulista, zona Leste da cidade, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na Operação Etanol, deflagrada no Estado do Mato Grosso (MT) para apurar desvios de R$ 23 milhões de uma cooperativa. Segundo a polícia, o casal se preparava para uma viagem ao Chile e estava em posse de 2.288 dólares. O valor, contudo, não foi apreendido porque, segundo o delegado César Augusto de França, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão, a Justiça determina a apreensão da quantia de R$ 10 mil e veículos acima de R$ 100 mil. "Esse valor e os bens não foram encontrados", disse França.

De acordo coma Polícia Civil do Mato Grosso, uma organização criminosa investigada nessa operação é apontada por desviar dinheiro de uma cooperativa de açúcar e etanol por meio de notas falsas de empresas de fachada. 

"Eles [o casal de Ribeirão] davam nota para um terceiro e faziam uma prestação de serviço que não existia. O Frederico fala que emprestava notas para um amigo e ele apresentava na cooperativa. O que parece é que não prestavam serviços e muitas dessas empresas não existiam em outros estados", declarou o delegado. 

França afirmou, porém, que não há indícios de que o casal fugiria do Brasil, mesmo após encontrar os dólares e saber que já havia uma viagem para o Chile. 

De acordo com a polícia, os dois devem prestar esclarecimentos e serão liberados. Os documentos e o material apreendidos serão encaminhados para a Polícia Civil do Mato Grosso.

FONTE: A Cidade On 23/08/2018

Etanol: com mix de 62,9%, produção de etanol deve ser recorde em 2018/2019

A Datagro Consultoria ampliou em 0,2% a estimativa de processamento de cana-de-açúcar e de produção de açúcar e etanol no Centro-Sul do Brasil na safra 2018/2019, iniciada em 1º de abril. A moagem prevista é de 558,12 milhões de toneladas, ante 557 milhões de toneladas na previsão anterior. Sobre o volume de 596,3 milhões de toneladas moído na safra 2017/2018, haverá recuo de 6,4%. Incluindo as regiões Norte e Nordeste, a moagem de cana deve atingir 604 milhões de toneladas no Brasil, queda de 5,8% ante 2017/2018, de 641,05 milhões de toneladas.

Mesmo com menos cana, com um mix de 62,9% do destino da matéria-prima para a produção de etanol, a oferta do biocombustível deve ser de 30,10 bilhões de litros no Centro-Sul em 2018/2019, um recorde segundo a Datagro, alta de 4,7% sobre o total de 28,75 bilhões de litros da previsão anterior e aumento de 15,4% sobre o total de 26,09 bilhões de litros de 2017/2018. Para o Brasil, a produção deve atingir 32,12 bilhões de litros, alta de 15,3% na mesma base de comparação.

A Datagro reduziu em 1%, de 28,2 milhões de toneladas para 27,93 milhões de toneladas, a estimativa de oferta de açúcar na região, ante um fechamento de 36,06 milhões de toneladas em 2017/2018. Ou seja, a oferta de açúcar brasileira deve cair 22,5% no período na região. Incluindo Norte e Nordeste, a oferta brasileira de açúcar deve ser de 30,33 milhões de toneladas em 2018/2019, queda de 21,4% sobre 2017/2018. “O excedente exportável de açúcar deve ser de 19,39 milhões de toneladas no Brasil e de 18,45 milhões de toneladas no Centro-Sul, lembrando que País já exportou 28 milhões de toneladas no passado”, disse Plinio Nastari, presidente da consultoria.

FONTE: Istoé 22/08/2018

Chuvas prejudicam moagem de cana, mas produção de etanol volta a crescerrelatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar divulgado nesta sexta

O total de cana-de-açúcar moída nas usinas do centro-sul do país caiu na primeira quinzena de agosto devido às chuvas, mas nem isso impediu que o volume de etanol fabricado apresentasse crescimento em relação ao ano passado.

É o que aponta relatório da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) divulgado nesta sexta-feira (24).

Segundo a entidade, a moagem de cana caiu 26,13%, alcançando 33,56 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias de agosto, ante as 45,44 milhões de toneladas do mesmo período na safra passada.

Isso ocorreu por causa das chuvas do início do mês em algumas regiões produtoras, que perderam em média cinco dias de moagem.

Entre as regiões atingidas estão as de São Carlos, Piracicaba e Assis, no interior paulista, e o estado do Paraná. As chuvas de agosto, porém, estão longe de amenizar o impacto provocado pela seca nos canaviais, que fará com que haja quebra de produção.

No período, a produção de etanol cresceu 1,10%, com 1,98 bilhão de litros, ante 1,95 bilhão da mesma quinzena do ano anterior.

O hidratado, utilizado diretamente nos veículos bicombustíveis, teve alta de 23,08% na produção, para atender a demanda -os preços estão mais vantajosos que os da gasolina.

Já o etanol anidro, que é misturado à gasolina antes da comercialização, teve queda de 26,75% no mesmo período.

Para produzir mais etanol mesmo tendo menos cana, as usinas diminuíram a produção de açúcar, que caiu 45,90% na quinzena.

A queda já foi observada ao longo dos últimos meses. Mais vantajoso financeiramente às usinas, o etanol tem sido a opção das unidades produtoras.

Em postos do interior de São Paulo, o etanol tem sido encontrado nesta semana com preços inferiores a R$ 2 o litro.

Apenas 36,37% da cana disponível foi destinada à produção de açúcar na atual safra, ante os 48,69% em igual período do ano passado.

FONTE: Estadão 25/08/2018