sábado, 20 de outubro de 2018

Dólar futuro aprofunda alta ante real após notícia de saída de Ilan no fim do ano

O dólar interrompeu uma sequência de três quedas e terminou a quinta-feira com a primeira alta ante o real nesta semana, num movimento de correção parcial à forte queda recente, influenciado pelo cenário externo de maior aversão ao risco.

O dólar avançou 1,16 por cento, a 3,7250 reais na venda, na terceira alta registrada desde o primeiro turno das eleições no dia 7 de outubro. Na véspera, a moeda norte-americana fechou no menor valor em quase cinco meses, a 3,6822 reais. No mês até a véspera, a moeda acumulava queda de 8,79 por cento.

Na mínima desta sessão, a moeda foi a 3,6734 reais e, na máxima, a 3,7325 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,90 por cento.

"A tendência [da cotação do dólar] segue sendo de baixa, com a eleição como catalisador. Naturalmente sempre fica algum hedge montado para qualquer efeito surpresa", ponderou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

Na véspera, fluxo de recursos ajudou o dólar a furar o piso de 3,70 reais, mas operadores avaliaram que transpor 3,65 reais, considerado outro suporte forte, será um pouco mais difícil.

A percepção é de que um patamar mais baixo para o dólar daqui para a frente será alcançado com o andamento de uma agenda reformista no governo.

Para o mercado, o candidato a presidente com mais chances de implementar essa agenda seria Jair Bolsonaro (PSL), devido principalmente à sua escolha de Paulo Guedes como principal assessor econômico.

Nesta noite, outra pesquisa Datafolha será divulgada e o mercado quer saber se a ampla vantagem de Bolsonaro para Fernando Haddad (PT) mostrada nos últimos levantamentos vai se manter.

"Por mais que a vantagem de Bolsonaro siga confortável, investidores devem ajustar portfólios a cada novo estudo. Mas na prática os movimentos já começam a refletir expectativas com políticas futuras do iminente governo do PSL, com foco nos temas privatização e ajuste fiscal", acrescentou Alessie Machado.

No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas, e ante a maioria das divisas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 5,005 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

A notícia de que o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, estaria se preparando para deixar a instituição até o final do ano acabou pressionando o dólar nos minutos finais da sessão.

A moeda norte-americana aprofundou a alta com que já trabalhava desde mais cedo e terminou acima de 1 por cento de valorização no mercado à vista, movimento que se estendeu pontualmente no dólar futuro, que continua sendo negociado após o pregão.

A notícia, veiculada pela Bloomberg, pegou alguns investidores de surpresa, sobretudo pelo 'timing' em que ocorreu, no meio de um processo eleitoral bastante polarizado.

"Achei ruim pelo momento, traz um ruído desnecessário", comentou um profissional da mesa de derivativos de uma instituição local.

Ilan Goldfajn goza de muita credibilidade junto ao mercado financeiro, depois de uma gestão que conseguiu conter a alta da inflação e ancorar as expectativas dos agentes, até o momento.

"Ele está fazendo uma ótima presidência no BC e é claro que o mercado gostaria que ele ficasse. Mas o mercado tem confiança no Paulo Guedes, acho que foi um susto inicial", acrescentou o diretor de operações da Mirae, Pablo Spyer.

Assessor econômico do candidato Jair Bolsonaro (PSL) --que lidera a disputa à Presidência da República--, Paulo Guedes é o principal responsável pelo apoio que o ex-capitão tem recebido do mercado financeiro. Liberal, ele é responsável pelas propostas que passam pelo ajuste do estado e reformas fiscais.

"Sem ele no BC, um dos sonhos não vai acontecer... o novo governo ficar com Ilan e toda a diretoria, mesmo que num prazo combinado", acrescentou o economista do banco Fator José Francisco de Lima Gonçalves.

FONTE: Reuters 18/10/2018

Analistas prevêem preços do petróleo para 2022

Analistas da Fitch Solutions prevêem que o preço do Brent Crude Oil será em média US $ 91 por barril em 2022, revelou um novo relatório.

O Brent está previsto pelos analistas da Fitch Solutions em média US $ 75 por barril este ano, US $ 82 por barril no ano que vem, US $ 85 por barril em 2020 e US $ 89 por barril em 2021, segundo o relatório, enviado à Rigzone.

Estas previsões foram notavelmente superiores ao consenso Bloomberg para o Brent, que prevê que a commodity atinja em média US $ 73,6 por barril em 2018, US $ 75,3 por barril em 2019, US $ 72 por barril em 2020, US $ 70 por barril em 2021 e US $ 66,2 por barril em 2022.

Analistas da Fitch Solutions estimam que o preço médio do WTI atingirá US $ 68 por barril este ano, US $ 75 por barril no próximo ano, US $ 81 por barril em 2020, US $ 85 por barril em 2021 e US $ 87 por barril em 2022.

O consenso da Bloomberg para WTI prevê que a commodity atinja a média de US $ 68 por barril em 2018, US $ 68,9 por barril em 2019, US $ 65,4 por barril em 2020, US $ 63,5 por barril em 2021 e US $ 62,3 por barril em 2022.

“A perspectiva sobre o Brent é amplamente otimista, impulsionada pelas crescentes restrições do lado da oferta. A perda de exportações do Irã, os baixos estoques, a capacidade ociosa limitada e o contínuo investimento insuficiente no setor farão com que o mercado entre em déficit a partir de 2019 ”, disseram analistas da Fitch Solutions no relatório.

“Dito isso, notamos os riscos crescentes para a demanda, à medida que os mercados emergentes começam a sentir a dor de um dólar mais forte, liquidez mais apertada, preços mais altos do petróleo e aumento do protecionismo”, acrescentaram os analistas.

No relatório, a Fitch Solutions disse que os Estados Unidos serão o mercado de crescimento dominante em relação a 2019 e 2020, “adicionando cerca de o dobro do número de barris que a Arábia Saudita”, de acordo com seus dados.

“Vários gargalos surgiram na bacia Permiana este ano. Em especial, a capacidade insuficiente de retirada colocou uma pressão descendente sustentada nos diferenciais regionais de preços, limitando o investimento e a produção. No entanto, expansões rápidas de dutos irão eliminar esse gargalo do segundo trimestre de 2012 ”, disseram os analistas da Fitch Solutions.

A Fitch Solutions também afirmou que, no papel, a Arábia Saudita tem capacidade suficiente para manter o mercado em equilíbrio.

“Os custos envolvidos em trazer sua capacidade total on-line, no entanto, provavelmente superariam os benefícios, não apenas devido às altas exigências de capital e às perspectivas incertas de demanda”, disseram os analistas.

FONTE: O Petróleo 18/10/2018

Dedini entra no mercado de equipamentos de etanol de milho

A destilaria vai ajudar o Brasil a atender às metas de produção da Política Nacional de Biocombustíveis.

A Dedini S/A Indústrias de Base lançou, durante o Agtech Valley Summit, atividade inserida no Esalqshow, em Piracicaba, a Destilaria Modular para a Fabricação de Etanol de Milho e Ração Animal. Com projeção de receitas de 90% a 150% maiores por hectare por causa dos produtos, em relação à venda apenas do milho, a destilaria também vai ajudar o Brasil a atender às metas de produção da RenovaBio, a Política Nacional de Biocombustíveis.

Tradicional no mercado de construção de usinas para a produção de etanol de cana-de-açúcar, a Dedini desenvolveu esse projeto inovador nos últimos três anos, segundo o engenheiro de projetos industriais Marcilio Nogueira do Amaral Gurgel, coordenador do trabalho.

“As receitas das vendas de etanol e da ração, chamada DDGS, produzidos por essa usina, agregam valor à cultura, podem render até três vezes mais para os produtores do que a venda do milho, por conta da eliminação dos custos logísticos e da redução dos custos operacionais. Se a opção for utilizar o Ddgs no confinamento na propriedade, as vendas de etanol e de carne poderão gerar receitas de quatro a cinco vezes maiores do que a venda do milho, conceito de economia circular para produtos sustentáveis”, relata o engenheiro.

Apesar de oficialmente apresentada no evento da Esalq, a destilaria já chegou ao mercado. A Dedini tem encomendas para três unidades com capacidade de produção de 30 mil litros de etanol de milho por dia, feitas para produtores de milho do Mato Grosso, e começa a construir as unidades em um mês, com prazo de entrega das plantas completas e funcionando em oito meses, inclusive com equipe operacional treinada.

Foi a ociosidade das usinas brasileiras na entressafra que inspirou o engenheiro a procurar uma opção para a produção do biocombustível, usando outra matéria-prima. Antes de chegar ao milho, Amaral Gurgel testou beterraba e sorgo sacarino.

Mas foi um convite do governo de Mato Grosso para uma caravana do milho, com visitas a cooperativas, sindicatos rurais, produtores e culturas, e as projeções de produção do produto naquele Estado, que definiram as bases do projeto. Muitas horas de pesquisa e viagens, para conhecer o que estava sendo feito em outras partes do mundo, foram necessárias.

Vantagens

As vantagens em termos de custo e produção estão diretamente ligadas à região produtora. “Mato Grosso responde por aproximadamente 25% de todo o milho produzido no Brasil, só 17% desse milho é consumido no Estado, 61% é exportado, e o restante é consumido no Brasil. Junto com Mato Grosso do Sul, que produz 10% do milho do país, e Goiás, responsável por 11%, temos a região Centro Oeste como ideal para a implantação dessas destilarias”, afirma Marcílio Gurgel.

A redução do custo da produção depende dessa proximidade com regiões produtoras, o que evitará gastos com o frete. Além disso, o engenheiro destaca a chamada verticalização da produção, ou seja, a integração dessa destilaria modular de etanol de milho ao confinamento de gado, com a utilização do DDGS.

“O resultado prático é que se agrega valor à produção de milho com o etanol, a ração, a engorda de animais e o comércio de carne. A soma de todos os elementos significa geração de empregos, impostos e riqueza para uma região importante do ponto de vista do agronegócio”, diz.

As receitas das vendas de etanol e do DDGS podem render 90% mais por hectare para os produtores do que simplesmente venderem o milho.

Segundo último estudo de uma série sobre o potencial de Mato Grosso e a verticalização da produção, feita pelo Rabobank (banco especializado em agronegócio), se a opção for usar o DDGS em confinamento na própria fazenda, as vendas do etanol e da carne poderão gerar receitas até 150% maiores, por hectare, do que a venda do milho.

Conforme Marcílio Amaral Gurgel, em 2 mil hectares de milho cultivado é possível produzir 15 mil litros de etanol e 11 toneladas de ração por dia, um volume que permite o confinamento de até 5.000 cabeças de gado.

E o uso do milho oferece outra vantagem, de acordo com o engenheiro: pode ser processado o ano todo, 24 horas por dia, sem entressafra. E a matéria-prima pode ser comprada de outros produtores instalados na região, garantindo produção ininterrupta.

Como a destilaria é modular, sua capacidade de produção pode ser aumentada gradativamente: de 15 mil para 30 mil, 60 mil, 90 mil, 120 mil litros. Além disso, a destilaria é compacta. A que tem capacidade de produção de 30 mil litros por dia precisa de 15 mil metros quadrados para ser instalada (um hectare e meio). A destilaria é totalmente sustentável. A partir de 60 mil litros por dia, o resultado é zero de resíduo, com reuso da água.

O custo de produção do etanol em relação a uma usina que usa cana-de-açúcar é de 15% a 20% menor. O uso de mão de obra também é menor e a matéria-prima pode ficar armazenada na propriedade. Marcílio calcula de dois a três anos para o retorno do capital investido na destilaria.

“Fecha esse ciclo virtuoso de vantagens a produtividade. Uma tonelada de cana resulta em 80 a 90 litros de etanol. E uma tonelada de milho resulta em 400 litros de etanol e 280 quilos de ração, uma diferença brutal em termos de custo-benefício”, calcula Amaral Gurgel.

FONTE: Brasil Agro 15/10/2018

Estoque de etanol do país começa outubro 29% maior na comparação anual, diz FCSTone

Os estoques de etanol do Brasil estavam 29 por cento maiores em 1º de outubro, com cerca de 11 bilhões de litros, na comparação com o mesmo período do ano passado, diante de uma forte produção no centro-sul, principal região produtora do país, disse nesta quarta-feira o analista João Paulo Botelho, da INTL FCStone, com base em dados do Ministério da Agricultura.

Conforme ele, o incremento é da ordem de mais de 2,4 bilhões de litros entre um ano e outro.

FONTE: Reuters 17/10/2018

Etanol: Valor do hidratado sobe mais de 9% em quatro semanas

Com a proximidade do término da moagem de cana em algumas usinas do estado de São Paulo e a sequência de vendas aquecidas do combustível nos postos, o preço pago ao produtor de etanol hidratado em São Paulo vem subindo expressivamente no mercado físico. No acumulado das últimas quatro semanas, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado subiu 9,44% (ou 16 centavos por litro). Entre 8 e 11 de outubro, especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (estado de São Paulo) foi de R$ 1,8211/litro, alta de 1,77% em relação ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou em R$ 1,9619/litro, aumento de 2,22% frente à semana anterior. Segundo colaboradores do Cepea, como muitos compradores já haviam adquirido boas quantidades de combustível na primeira semana de outubro, a demanda esteve um pouco menor na semana passada. Ainda assim, o volume de etanol negociado no período foi expressivo. Do lado das usinas, algumas tiveram necessidade de venda para liberar espaço nos tanques, mas ofertaram o etanol a preços firmes. 

FONTE: Notícias Agrícolas 16/10/2018

Fim da safra da cana gera alta no preço do etanol em postos de combustíveis de Campinas

O preço do litro do etanol nas bombas de combustíveis de postos de Campinas (SP) está até R$ 0,12 mais caro nesta semana. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o aumento tem relação com a proximidade do término da safra da cana-de-açúcar em algumas usinas no estado de São Paulo e com a sequência de vendas aquecidas nos postos.

O levantamento foi feito em dez postos da cidade pela produção da EPTV, afiliada da TV Globo, e mais da metade apresentou alta. Em um deles, a reportagem apurou a cobrança de R$ 2,837 pelo litro do álcool, e que a tendência de aumento deve se manter nos próximos dias. Há postos na cidade que já cobram R$ 2,99.

O estudo semanal do Cepea/Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), com sede em Piracicaba (SP), aponta alta no preço pago ao produtor de etanol hidratado, tipo utilizado no abastecimento de veículos. O indicador subiu R$ 0,16 por litro no acumulado das últimas quatro semanas, o equivalente a 9,44%, segundo a instituição.

Colaboradores do Centro afirmam que muitos compradores adquiriram boas quantidades de combustível na primeira semana de outubro, o que resultou numa demanda menor na última semana.

Quando compensa?

Para saber quando compensa abastecer com etanol ou gasolina, para os carros flex, o motorista pode fazer uma conta simples. O preço do litro do álcool deve corresponder a até 70% do valor cobrado pelo litro da gasolina.

Ou seja, deve ser ao menos 30% mais barato, já que o etanol rende menos do que a gasolina nos veículos.

FONTE: UDOP 19/10/2018 

Relação etanol/gasolina cai em SP a menor nível na 2ª semana desde 2008, diz Fipe

A relação entre os preços do etanol e da gasolina desacelerou na segunda semana de outubro, conforme a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Essa equivalência atingiu 61,15% no período, ante 61,49% na primeira semana do mês. O resultado está no nível mais baixo para o período desde 2008 (54,41%).

“Desde 2008, essa diferença não é tão favorável ao etanol, mas isso reflete o aumento nos preços da gasolina recentemente por causa da depreciação cambial”, afirma o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Guilherme Moreira, acrescentando que a tendência é de que o etanol continue subindo em razão da proximidade do fim da safra de cana-de-açúcar.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, a utilização de gasolina ou etanol é considerada indiferente.

Nesta quarta-feira, 17, com base no levantamento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias terminados no último dia 15), a Fipe informou que a gasolina desacelerou o ritmo de alta de 5,09% para 4,11% na segunda leitura do mês, enquanto a taxa do etanol arrefeceu de 8,87% para 8,03%.

O grupo Transportes, por sua vez, passou de 1,04% para 0,91% na segunda medição de outubro. No período o IPC atingiu 0,52% (ante 0,43%).

FONTE: Estadão 18/10/2018