domingo, 4 de novembro de 2018

Preços de frete marítimo global despencam com guerra comercial entre EUA e China

O custo de contratação de navios de contêineres despencou 24 por cento ante o pico de vários anos, enquanto as taxas cobradas por navios de matérias-primas recuaram 10 por cento ante máximas em cinco anos, em novos sinais de desaceleração do comércio global com implicações.

Enquanto o mundo segue concentrado nas perdas dos mercados acionários nesta semana, a queda nas taxas de fretes, que ocorre em meio à guerra comercial travada pelos Estados Unidos contra a China, além da desvalorização de moedas de mercados emergentes e condições mais restritas de crédito, é um presságio de desaceleração do crescimento econômico global.

No início das cadeias de fornecimento, os navios graneleiros transportam as matérias-primas, como carvão e minério de ferro, das minas para as fundidoras, enquanto os navios de contêineres completam o ciclo transportando a grande maioria dos bens manufaturados globais das fábricas para os consumidores.

Os fretes de navios graneleiros e de contêineres subiram para picos em vários anos mais cedo neste ano, mas despencaram desde a guerra comercial entre os Estados Unidos e China se agravou, com ambos os lados impondo altas tarifas de importação sobre centenas de produtos.

“O achatamento do índice de fretes de graneis secos no Báltico e do índice de contêineres sinalizam com certeza para uma desaceleração da economia global”, disse Ashok Sharma, diretor da contratadora de cargas BRS Baxi, em Cingapura.

Frederic Neumann, codiretor da Asia Economic Research do HSBC em Hong Kong, afirmou que o “comércio global está esfriando depois de um forte desempenho nos últimos dois anos”.

Ele afirmou que a desaceleração da demanda na Europa e China, dificuldades nos mercados emergentes, bem como as tensões comerciais entre EUA e China estão contribuindo para a desaceleração e acrescentou que “o efeito completo disso ainda não foi sentido”.

O índice Harpex Container, que acompanha mudanças semanais nos preços de frete de navios de contêineres, caiu em quase 25 por cento desde junho, quando estava em um pico de sete anos, para 516 pontos.Já o Freightos Baltic Index, um índice global de contêineres lançado em Cingapura em 2017, subiu para um recorde em agosto, mas desde então caiu 5,4 por cento, para 1.583 pontos.

Os movimentos no mercado de contêineres tendem a refletir mudanças nas economias desenvolvidas enquanto no caso dos navios de granéis sólidos representam mais países emergentes, afirmam analistas de logística.

O Baltic Dry Index, que mede custos de frete para navios que transportam minério de ferro, carvão e outros minerais, caiu 13 por cento depois de atingir o maior pico desde janeiro de 2014.

Leszczynski afirmou que a queda nos fretes de granéis secos está mais relacionada a tendências nos mercados emergentes, onde as moedas de países como a Índia, Indonésia e Paquistão despencaram contra o dólar este ano, reduzindo a capacidade de pagamento de importações.

Por outro lado, os fretes de petroleiros estão se segurando, conforme companhias tentam comprar o maior volume possível de petróleo antes da reimposição de sanções dos Estados Unidos contra as exportações do Irã, em 4 de novembro.

Porém, o sinal de risco para a economia global continua. “O frete de petroleiros tipicamente tem uma defasagem de alguns trimestres em relação ao índice de granéis sólidos”, disse Sharma, do BRS Baxi.

FONTE: Reuters: 29/10/2018

Bolsonaro diz que Brasil voltará a ser líder global na produção de etanol

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que o Brasil voltará a liderar a produção de etanol no mundo, após ter perdido a posição para os Estados Unidos já há algum tempo.

"No passado, fomos líderes nessa área e vamos voltar a ser com toda certeza brevemente", declarou ele, em vídeo gravado antes da eleição e apresentado nesta segunda-feira, em congresso do setor em São Paulo.

"É muito importante, estamos combatendo a emissão de CO2 e trazendo algo nosso para dar energia ao Brasil. Contêm conosco, seremos parceiros nessa questão", acrescentou.

FONTE: Reuters 29/10/2018

Recentes quedas no preço gasolina a refletem nos valores do etanol na usina

De acordo com pesquisas do Cepea, as recentes quedas nos preços da gasolina A nas refinarias estão refletindo em recuos nos valores do etanol hidratado negociado nas usinas do estado de São Paulo. Diante disso, tanto o volume de etanol negociado por usinas paulistas quanto o preço do biocombustível caíram na semana passada frente ao período anterior. Quanto aos preços, entre 22 e 26 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,7720/litro, recuo de 2,26% em relação ao período anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do anidro foi de R$ 1,9874/litro, queda de 1,81% frente ao da semana anterior. Na semana passada, algumas usinas paulistas consultadas pelo Cepea aumentaram a oferta de etanol – as chuvas que chegaram a paralisar a moagem em boa parte do Centro-Sul tiveram pouco efeito sobre as cotações. Do lado das distribuidoras, compradores se limitaram a adquirir pequenos volumes ou quando houve “oportunidade de negócio”.

FONTE: Cepea 30/10/2018

Etanol: exportação cresce 82,3% em outubro, para 278,7 milhões de litros

Ribeirão Preto, 01 - O Brasil exportou em outubro 278,7 milhões de litros de etanol, alta de 82,3% na comparação com os 152,9 milhões de litros embarcados em igual período de 2017 e de 58% em relação aos 176,4 milhões de litros exportados em setembro de 2018. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 1, pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

A receita com a venda do biocombustível alcançou US$ 139,6 milhões em outubro, avanço de 58,5% ante os US$ 88,1 milhões registrados em outubro de 2017. Já em relação aos US$ 84,4 milhões de setembro de 2018, o faturamento cresceu 65,4%.

No acumulado do ano de 2018, o volume exportado alcança 1,444 bilhão de litros, avanço de 18,46% ante os 1,219 bilhão de litros embarcados nos primeiros dez meses do ano passado. A receita totalizou US$ 769,5 milhões de janeiro a outubro de 2018, 11,1% maior quando comparada ao faturamento de US$ 692,4 milhões acumulado em igual intervalo de 2017.

FONTE: Estadão 01/12/2018

Etanol segue perdendo vantagem sobre a gasolina, relação chega a 63,2%

Biocombustível passa por sequência de aumentos no preço médio, mas segue melhor economicamente em sete estados

Na semana de 21 a 27 de outubro, a alta no preço do etanol e uma pequena queda no valor médio da gasolina nos postos do país influenciou negativamente a competitividade do etanol. De acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as pequenas reduções de preço do biocombustível nas usinas ainda não tiveram influência nos postos.

Assim, na análise mais recente, o valor médio do etanol teve um aumento de 1,36%. Na média nacional, seu preço correspondeu a 63,2% do valor de comercialização do combustível fóssil – inferior à paridade energética comercialmente estabelecida em 70%, mantendo-se competitivo mesmo com os sucessivos aumentos.

Nesta semana, o indicador cresceu 1,44%, voltando à sequência de aumentos que começou no final de agosto. Ainda assim, ele mantém a competitividade do etanol na tendência favorável vista desde abril.

Preço nas bombas

De acordo com a ANP, entre 21 e 27 de outubro, o preço do etanol nos postos aumentou em 16 estados e no Distrito Federal, recuou em nove e não teve comparação no Amapá.

Com o aumento em tantos estados, seu preço médio a nível nacional passou de R$ 2,943 para R$ 2,983 por litro. Já o valor médio da gasolina teve a primeira redução desde o fim de agosto, passando de R$ 4,725 para R$ 4,723 por litro, uma queda de 0,04%.

Estados

Independente dos aumentos nos preços observados nos últimos meses, o biocombustível segue em vantagem em Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e na Paraíba.

São Paulo segue apresentando o menor valor médio do etanol nas bombas, R$ 2,810/l, mesmo após o aumento de 1,52%. Com a queda de 0,13% para a gasolina, a relação entre os combustíveis subiu para 62,4%.

Já Mato Grosso segue com o segundo menor valor para o biocombustível, R$ 2,912/l graças ao aumento de 0,45%. Com a valorização de apenas 0,1% para a gasolina, a relação entre os combustíveis subiu para 60%, mas segue sendo a menor entre os estados.

Nos postos mineiros, com o aumento de 1,66% para o etanol e de 0,2% para a gasolina, a relação média entre eles subiu para 62,7% e se mantém favorável ao biocombustível.

Em Goiás, o preço do etanol subiu 2,94% e o da gasolina, 0,22%. Assim, a relação comercial entre eles subiu, chegando a 64,3%, ainda favorável ao biocombustível.

Enquanto isso, no Paraná, o preço do etanol subiu 0,46% e o da gasolina caiu 0,2%, fazendo a relação entre eles subir para 66,8%, mantendo-se favorável ao etanol.

Usinas

Nas usinas, o preço do biocombustível voltou a subir em Mato Grosso, mas caiu em São Paulo e Goiás depois de semanas de altas. O Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado no estado paulista mostra que sua cotação caiu 2,26%, chegando a uma alta de 23% nas últimas nove semanas.

Mato Grosso, por sua vez, teve um aumento de 0,04% na cotação do etanol hidratado em relação à última análise. No período acumulado, a valorização é de 28%.

Já em Goiás, a cotação do etanol nas usinas caiu 2,19% entre as duas últimas análises. Assim, o acumulado nas últimas 61 semanas é de 27,5%.

FONTE: Novacana 29/10/2018