sábado, 30 de junho de 2018

Produção nacional de petróleo cresceu 4,2%, mas refino caiu

Brasil produziu em média 2,6 milhões de barris por dia no ano passado. Fabricação de derivados, porém, recuou 3,7%, para 1,9 milhão de barris diários, e País gastou mais com importações.

Rio de Janeiro – A produção brasileira de petróleo cresceu pelo quarto ano consecutivo, atingindo 2,6 milhões de barris por dia em 2017, um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior. A informação é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que divulgou nesta sexta-feira (29) os dados consolidados do setor relativos ao ano passado.

Segundo o relatório, o crescimento da produção de petróleo foi liderado pela elevação da produção nos campos do pré-sal, que alcançou a média de diária de 1,3 milhão de barris por dia no ano, cerca de 50% da produção nacional.

Já a produção diária de gás natural em 2017 foi de 109,91 milhões de metros cúbicos, um crescimento de 5,9% em relação a 2016. Mais uma vez houve participação expressiva dos campos do pré-sal, que no ano passado responderam por 45,3% de todo o gás extraído no País.

Em consequência do aumento da produção, o Brasil reduziu sua necessidade de importação de petróleo no ano passado em 16,4%. Foram importados, em média,149,2 mil barris por dia. Por outro lado, as exportações alcançaram o maior valor da série histórica: 996,6 mil barris por dia, um aumento de 24,8%.
Refino

Apesar do aumento na produção de petróleo e gás, o País fechou o ano com queda no refino. A produção de derivados caiu 3,7%, em relação a 2016, atingindo 1,9 milhão de barris por dia, o equivalente a 76,2% da capacidade instalada do Parque Nacional de Refino.

Nesse sentido, houve um crescimento de 26,1% no volume de importações de derivados para atender à demanda interna, que foi de 615,7 mil barris por dia. Com o aumento dos preços internacionais, o dispêndio com a importação de derivados, principalmente óleo diesel, aumentou 57,5%.

No setor de biocombustíveis, a produção de etanol manteve-se praticamente estável e a produção de biodiesel foi 12,9% superior ao ano anterior, em decorrência, principalmente, do aumento do teor de mistura no óleo diesel para 8%.

FONTE: ANBA 29/06/2018